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Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brazil
Professora de Artes na Rede Estadual - Escola Pe Constantino de Monte

Morre a árvore, nasce a arte

Morre a árvore, nasce a arte
Escultura de Elmar Medeiros em Maracaju

terça-feira, 30 de agosto de 2011

“Reflexões iniciais”

E-Proinfo Ensinando e Aprendendo com as TIC’S



Confesso não ter sido com entusiasmo que fiz minha inscrição neste curso, mas sim pela insistência da professora da sala de recursos tecnológicos de minha escola. Não que eu tenha alguma aversão à tecnologia, ou a novos aprendizados, mas certa “coceira” me incomoda só de pensar em ficar novamente por longas horas em frente ao computador, dever ser por causa do meu TCC recém apresentado, afinal me formei em dezembro passado, (para meu relógio biológico, parece que foi ontem!) então, queria só dar um tempo... mas como o tempo não pára, lá vou eu de novo pra sala de aula, (como aluna), aprender para ensinar.
Foi instantâneo, imediato. Ao ler o resumo do artigo de Juan Ignácio Pozo, concordei em número gênero e grau. “Vivemos em uma sociedade da aprendizagem [...] cada vez se aprende mais, e cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender.” Prova disso é a necessidade tangente de fazermos cursos, um após o outro, (quando não, um durante o outro) para nos atualizarmos, e enquanto escrevo este parágrafo, pelo menos um dos meus cursos já feitos não me valerá de mais nada...
Quando li o artigo de José Arnaldo Valente, me reconheci, pois senti em minha recente experiência universitária, a diferença de estar realmente comprometido com o estudo. Ao passar pelo ensino fundamental e médio, senti exatamente o que o autor exprime em: “...os estudantes não aprendem mais interagido com o meio que os cerca e sim, sendo formalmente ensinados. Eles são encorajados (ou desencorajados) a serem receptores passivos de informação e adquirem a idéia de que aprender não é divertido e que esta atividade depende sempre de um professor que prepara a aula e transmite as informações de que o aprendiz necessita”. Foi assim também em minha primeira formação universitária, porém muito tempo depois, retornei aos estudos e enxerguei tudo de outro modo: O que mudou? A abordagem metodológica incentivadora da pesquisa.
Mas é no artigo de Paulo Blikstein e Marcelo Knörich Zuffo é que está o “X” da questão: Não adianta encher uma sala de computadores se os professores não forem treinados para aplicar novas metodologias. E não adiante treinar os professores se na escola só existir UMA sala de recursos tecnológicos, onde somente UMA turma possa trabalhar por vez. Até que chegue o dia em que o aluno não encontre no manual de regras do uso da rede, mais proibições do que possibilidades, e em que o aluno sinta que as tecnologias não são como dizem os autores, “uma mera extensão dos mecanismos tradicionais de vigilância e punição da escola”, temos muito chão pela frente...


Gizely