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Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brazil
Professora de Artes na Rede Estadual - Escola Pe Constantino de Monte

Morre a árvore, nasce a arte

Morre a árvore, nasce a arte
Escultura de Elmar Medeiros em Maracaju

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra

A Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, inclui no currículo dos estabelecimentos escolares de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Seguem alguns trabalhos realizados pelos alunos da Escola Padre Constantino sob a orientação da Profª Gizely Virginia Mendes Zaatreh.


Em Novembro de 2015 os alunos do 1º ano A e D do Ensino Médio da Escola Padre Constantino realizaram pinturas em papel Paraná contemplando a beleza da figura humana africana estilizada. Foram trabalhos no tamanho A3 com adição de materiais ou não, que compuseram um colorido painel.

Painel Consciência Negra 2015 - 1º ano A e B Ensino Médio - Profª Gizely

Detalhe - Ester Mendes Zaatreh - Aluna 1ºAno A 2015


Em 20 de Novembro de 2013, O Museu de Maracaju homenageou José Fernando Nascimento Silva
“Fernando Preto”Nascido em 31.05.1948  e morto por acidente de carro 10.03.1996 conhecida personalidade maracajuense que na sua simplicidade, soube cativar pobres e abastados.
Com habilidade nata para a culinária, preparava saborosas refeições para o Padre Constantino, depois para famílias, depois em seu estabelecimento e em festas gratuitas promovidas por ele, arrecadando todo o necessário com os abastados, e servindo gratuitamente aos pobres em datas especiais como no Dia das Crianças e o Dia do Trabalhador. Após sua morte a Festa do Trabalhador foi transformada em Festa da Linguiça de Maracaju, que perdura até hoje.
Para esta homenagem foi realizado um trabalho em grafite baseado em fotos da família, e na fama do cozinheiro que fazia "o melhor bife a cavalo da cidade" em seu restaurante "Panela Preta".


Desenho em Grafite - Fernando Preto - Profª Gizely


Em 2012 o trabalho prático com os alunos da Escola Padre Constantino foi sobre Símbolos Africanos: Culturalmente falando a África é um universo complexo de símbolos e significados, e os alunos do Ensino Médio de 2012 utilizaram estes símbolos pintados em preto sobre um fundo de pintura gestual colorida, adicionando fibras naturais, sementes, contas e outros materiais que remetem à vida tribal africana. o Resultado foi incrível, e se tornou um painel!!

Painel Consciência Negra 2012 - Ensino Médio Vespertino 2012 - ProfªGizely




Em 20 de Novembro de 2011 comemoraremos o Dia da Consciência Negra, e a Escola Pe. Constantino de Monte já está preparada para a comemoração: Veja o painel preparado pela Profª Gizely de Artes!

Painel Consciência Negra 2011 - Profª Gizely
Você sabia?

A angolana Leila Lopes de 25 anos desbancou 88 concorrentes e venceu o concurso Miss Universo 2011, realizado no Brasil. Ao ser questionada se mudaria algo em seu corpo, foi taxativa: "Deus me fez, não mudaria nada, me considero bonita, mas tenho um conselho: respeitem uns aos outros".
Fonte: publicação especial da FETEMS - Novembro 2011


Confira o original do painel encontrado no site abaixo, e aproveite para saber mais sobre o assunto:

Origens da Arte no Mato Grosso do Sul

O começo da Arte no Mato Grosso do Sul, então Mato Grosso, está descrito numa das poucas publicações a respeito da nossa Arte, que começa mais ao alto, em Cuiabá, no Mato Grosso uno, onde recebeu incentivo da UFMT.  A esse respeito, Aline Figueiredo, crítica de Arte, é quem nos conta, em seu livro "Arte aqui é mato" de 1990.



O Mato Grosso colonial foi descoberto pelos caçadores de ouro, que rápido o encontraram, porém este, ligeiro se esgotou, indo embora os aventureiros sem deixar nada em troca.



Depois do áureo episódio, nada mais aconteceu por aqui:



Nosso estado é relativamente novo, foi separado do Mato Grosso em 1977,
e desde então busca sua identidade cultural.

Identidade Cultural  Veja o que é clicando aqui e aqui

Então fica a pergunta: Qual é nossa identidade Cultural? Nossa população é formada por mineiros, paulistas, gaúchos, paranaenses, povos de nações vizinhas e europeus em menor quantidade, mas acaba sendo o indígena, o verdadeiro dono destas terras, que melhor constitui o imaginário e povoa a representação de uma cultura nativa, original e autêntica. 
Neste sentido, temos vários artistas que se dedicaram á temática indígena em seus trabalhos, antes e depois da divisão do estado do Mato Grosso. 

Clique aqui e veja várias obras de artistas de Mato Grosso do Sul
 na temática indígena. 

Lídia Baís foi nossa primeira artista, esta é sem dúvida a personalidade que mais desperta a curiosidade dos estudiosos da arte no estado. Nasceu em 1900 e sofreu muitos preconceitos por querer ser artista num tempo em que mulher só podia ser mãe e esposa, ela não quis ser nem uma coisa, nem outra. Estudou arte com Henrique Bernardelli no Rio de Janeiro e conviveu com Ismael Nery em longa viagem à Europa.


Lídia e seu pai Bernardo Baís

Além de retratos e paisagens Lídia Baís apresentou composições surrealistas, porém sua iniciativa nesta época não foi aceita, sua larga experiência foi desperdiçada, e exilou-se frente a incompreensão de sua genialidade. 


Prisioneira das condições sócio culturais do início do século, quando mulheres jamais poderiam lançar-se na carreira artística, Lídia Baís construiu para si uma fortaleza de mistérios e proibições que ela mesma denominava de claustro, e sua obra só veio a ser conhecida e disponibilizada ao público depois de sua morte em 1985.

Clique aqui para saber mais sobre a vida e a obra de Lídia Baís.


Nas décadas de 1960 e 1970 algumas iniciativas criaram grupos de artistas para trocar experiências e ensinar novas gerações, mas um artista destacou-se dos outros: Humberto Espíndola, integrante de uma família inteira de artistas.





 A divisão política do Mato Grosso em 1977 foi o tema da sua série de telas “Divisão de Mato Grosso”. São oito telas de 130x170 que estão no MARCO – Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, e que são o único registro plástico do acontecimento e contam esteticamente a história.

O sopro - Série Divisão do MT

Clique aqui para visualizar a série Divisão do MT de Humberto Espíndola

Humberto Espíndola foi quem projetou a Arte mato-grossense e o Brasil Central nos cenários nacional e internacional nas décadas de 1960 e 1970. 



Autor da Bovinocultura, como chama o conjunto de sua obra, que tem sempre o "Boi" como temática, foi premiado nos mais importantes Salões de Arte e participou de Bienais Internacionais entre 1968 e 1972. 

Em 1979, com a instalação do governo de Mato Grosso do Sul, surge a Fundação de Cultura, desenvolvendo a política governamental para as Artes. 


A criação dos cursos de Artes na Universidade Federal de MS em 1981, e da UNIGRAN em 1983 impulsionam grandemente a arte no estado trazendo professores de grandes centros e formando novos profissionais.

Nas décadas de 1980 e 90 vários núcleos e movimentos surgem em diferentes cidades do estado como Ponta Porã, Dourados, Coxim e Corumbá, direcionando a apresentação de ideias visuais originais e inéditas reunindo artistas de várias áreas e tendências. 


Surgem vários nomes na Arte de nosso estado, destacando-se Henrique Spengler, Jonir Figueiredo, Paulo Rigotti, Cello Lima, Ana Ruas, Genessi, Evandro Prado, Jorapimo, dentre muitos outros.




sábado, 12 de novembro de 2011

Teatro de Bonecos - Lenda da mãe das Guaviras



O Teatro é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar.




O Teatro de bonecos retira do centro da cena o ator, e coloca em seu lugar a matéria, os bonecos, as máscaras e os objetos. 
Esse teatro de animação se enquadra dentro de uma "categoria especial" nas artes cênicas, é o teatro do inanimado, "o teatro da coisa", onde o foco de atenção é dirigido para um objeto e não para o ser vivo/ator.
Ao receber a energia do ator, através de movimentos, cria-se na matéria a ilusão de vida, de ter ela adquirido vontade própria, raciocínio.

Através dos tempos ...
 O Teatro de bonecos tem sua origem na mais remota Antiguidade. 
Na pré-história os homens se divertiam com suas sombras nas cavernas, e mães faziam teatro com a sombra das mãos para divertir seus filhos.
 Começaram a moldar bonecos de barro, que mais tarde foram sendo articulados para realizar representações.

 Os registros mais antigos se referem à China, no século III a.C., bonequeiros itinerantes apresentavam espetáculos domiciliares para mulheres e crianças de classes sociais abastadas.


No Brasil, nasce em meados do século XVI como instrumento de catequese dos Jesuítas missionários.



Tipos de Bonecos
 Marionetes - São os movidos por fios presos em cruzetas de madeira
ou nas mãos do manipulador
Fantoches - São os que têm um espaço para a mão em seu interior.
 Dedoches são uma variação dos Fantoches feitos de luvas e meias.
Mamulengos - Os movidos por fora, por uma ou mais pessoas, 
grandes ou pequenos, e com o auxílio de varas.





Há inúmeros grupos contemporâneos de teatro de bonecos, eis alguns exemplos: 










Teatro de sombras - técnica milenar Chinesa muito versátil: Projeção da sombra num pano.



Clique abaixo e veja um exemplo do antigo Teatro de Sombras

Ventriloquia - é a arte de projetar a voz, sem que se abra a boca ou mova-se 
os lábios, de maneira que o som pareça vir de outra fonte diferente do falante. 




Assista😄

Bonecos gigantes de Olinda - Frutos de uma tradição. Em 1932 Anacleto e Bernardinho da Silva criaram o Homem da meia noite com mais de 3 metros, e em 1967 nasceu a Mulher do dia. Pesam entre 10 e 40 quilos.




Os bonecos no cinema e na TV

Pinocchio – Um dos bonecos mais conhecidos do mundo.
Produzido pelos estúdios Disney em 1940.



Vila Cézamo – Foi uma série de televisão, uma versão brasileira baseada no programa infantil norte-americano Sesame Street. Começou a ser transmitido em 12/10/1972 Fase I (1972 a 1974), II (1974 a 1975), e III (1975 a 1977). Em outubro de 2007 a Rede Cultura conseguiu novamente os direitos autorais.


Veja que fofura!!! Clique abaixo!!


Muppets – São personagens criados por Jim Henson, que já estrelaram inúmeras séries de televisão, especiais de televisão, e filmes de televisão e de cinema. Essas produções quase sempre incluem humanos e muppets convivendo.


Assista ao trailer do filme!!!

Louro José – Um dos bonecos mais conhecidos do Brasil. Tom Veiga assumiu o personagem em 6 de março de 1997, quando foi contratado pela  Record, passou então a dividir o programa com Ana Maria Braga.





"A Lenda da Mãe das Guaviras"

Na disciplina de Cultura e Folclore brasileiro no Curso d Artes Visuais, nós alunos fomos desafiados a construirmos nossa própria "super produção teatral de bonecos"!!  Levantamos histórias, mitos ou lendas de nossas cidades ou regiões (éramos cada um de uma cidade diferente), e assim um colega trouxe a história...


            "Certo dia pela manhã, no sul do Mato Grosso do Sul, município de Iguatemi, uma família saiu para a mata para colher Guaviras, lá estavam o pai e as crianças cobiçando os belos frutos amarelados. Mas na mata havia muitos bichos, inclusive cobras, que rondavam os pés de Guavira.
            As crianças começaram a colher na parte mais limpa, mas o menino mais velho, desobedecendo às ordens de seu pai, foi na parte onde ficava a mata fechada onde ficavam os pés mais robustos, com frutos mais apetitosos. De repente ouviu-se um grito:
            -Socorro! A cobra do mato me pegou! Socorro! Socorro!
            O Pai apavorado, na mesma hora debruçou-se sobre o menino e começou a rezar, implorando à Nossa Senhora que salvasse seu filho Tonho, dirigindo-se à ela como Mãe das Guaviras:
            -Nossa Senhora, Mãe das Guaviras, ajudai-nos!
            Naquele momento apareceu uma mulher com uma roupa amarela e branca, da mesma cor dos frutos da Guavira, que pisou na cabeça da cobra, no mesmo instante o menino voltou do desmaio, e todos ficaram muito gratos, e emocionados pediram que aquela doce imagem continuasse à protegê-los todos os anos, e passaram à chamá-la de Mãe das Guaviras.
            Então todas as vezes que entravam na mata, rezavam para a Mãe das Guaviras invocando sua proteção, e oferecendo-lhes parte dos frutos colhidos."


Fonte da história: Douglas Raldi Pereira


A partir desta história, desenvolvemos um roteiro,
estabelecemos os personagens e confeccionamos os bonecos:


 Estes são os bonecos/personagens
Fantoches
No dia da apresentação, é claro, houve vários imprevistos!kkkkk
mas conseguimos concluir nossa tarefa!!

Veja o vídeo do teatro clicando no nome abaixo:

Clique e assista☝



Lenda da Mãe das Guaviras
Adaptação para Teatro de Fantoches
  
Abrem-se as Cortinas:
A cobra fala: --- Olá pessoal, tenho a grande satisfação em apresentar uma história muito curiosa... Aconteceu no sul do Mato Grosso do Sul, lá pros lados de Iguatemi, tenho certeza que vocês vão gostar! Com vocês a Lenda da Mãe das Guaviras!!!

                         Cai a placa escrita: LENDA DA MÃE DAS GUAVIRAS

O Pai fala: --- Jaaha gurizada! Vamu lá catá guavira, guavira boa, guavira bonita, guavira doce, bem amarelinha...

A menina fala: --- Vamu pai, vamu! Vô chamá o Tonho! Tôônho, ô Tônho, vamu catá guavira!

O menino fala: --- Óia pai! Tão madurinha, que delícia!
A menina fala: --- Oba! Vamu enhchê o balde!
O menino fala: --- Pai, posso pegá aquelas qui tão no pé lá pra dentro do mato? Posso?
                       
O pai fala: ---Não Tonho! É perigoso! A cobra do mato pode te pegá!!!
O menino fala: --- Eu vô sim, to indo paiiii!!!
O pai fala: --- Não vá Tonho, não seja teimoso menino...Volta aqui! Cuidado!!!

Todos saem
Entra o menino, a cobra vem e o pega:

O menino fala: --- Socorro! Socorro!Pai, a cobra do mato me pegô!! Ai, aii!!

O menino está deitado com a cobra perto dele:

A menina fala: --- Pai, pai vem vê o que aconteceu co Tônho, vem pai!
O pai entra e fala: --- Oh meu Deus! Oh minha Santinha da Guavira! Me ajude! A cobra do mato pego o Tônho! Socorro
                       
Entra a Santa com fundo musical, esmaga a cobra e o menino volta do desmaio.
                       
 O Pai fala: --- Eia Tônho, você vortô, ai minha Santinha, brigadu minha Santinha, sabia que num ia disampará nóis!
O menino fala: --- Brigadu! A Sinhora mi sarvô!
Todos falam: --- Viva!!!

Começa a música paraguaia bem animada e gritos.
Todos se abaixam para agradecer o público sob a música animada, e volta a se fechar.

Cortinas fechadas:

A cobra aparece e fala: --- Só eu é qui mi dei mal...

Cai a placa escrito:    FIM



Gizely, Gheysa, Douglas e Norma
(os filhos foram ver o teatrinho!)



Teatro de Objetos

Há muitos grupos ou aristas solos que trabalham com o teatro de objetos comuns, sem implicar na confecção elaborada de  personagens. Nesta nodalidade o personagem é formado na imaginação dos espectadores. A voz, as atitudes, os sentimentos atribuídos aos personagens pela manipulação dos objetos é que os fazem criar vida!!

A Cia Trucks demonstra como a imaginação nos leva a passear por mundos incríveis com sua peça Zoo Ilógico: Os amigos estavam indo fazer uma piquenique no Zoo, mas estava fechado... então resolveram criar animais com o que havia em sua cesta!! olha o que a criatividade pode fazer:



Veja a chamada para o FITO - Festival Internacional de Teatro de Objetos




Agora veja a propaganda para o FITO - Festival Internacional de Teatro de Objetos de 2012





Veja como Charlie Chaplin fez uma dança legal com pãezinhos!!



Aqui temos um cenário rural com muitos personagens feitos de objetos que nunca imaginaríamos!!!




domingo, 6 de novembro de 2011

Arte no MS: Cultura Original e Autêntica

Mato Grosso do Sul é um estado relativamente novo, foi criado a partir da divisão do Mato Grosso em 1977. Desde então vem buscando sua Identidade Cultural, que acaba sendo uma mistura das culturas de todos os povos que aqui buscaram firmar suas raízes. Certamente, dentre todos estes, a cultura paraguaia e indígena tem se sobressaído, em especial na região da fronteira com o Paraguai. 
        Temos vários artistas plásticos que trabalharam a temática indígena em suas obras. A primeira delas, Conceição dos Bugres, teve seu trabalho reconhecido mundialmente, o que não significou que ela tenha colhido os frutos desta conquista.


Conceição dos Bugres

Conceição Freitas da Silva nasceu em Povinho de Santiago, no estado do Rio Grande do Sul em 1914, chegou menina em nosso estado. Gaúcha de fisionomia indígena, conviveu com as etnias Terena e Cadiuéu em sua infância em Ponta Porã e Campo Grande. Adulta, a inventividade veio à tona em um insight mesmo que desproposital, e duma raiz de mandioca surgiu o primogênito de muitos filhos de sua criatividade, as esculturas dos bugres, que como os filhos de um ventre, saíram semelhantes, mas nunca iguais, muito parecidos, mas com diferentes personalidades, que deles se apossam tão logo são finalizados com piche e cera de abelha. 

Parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Artes Visuais apresentado por Gizely Virginia Mendes Zaatreh ao Centro Universitário da Grande  Dourados - UNIGRAN em Novembro de 2010. 


Conceição foi uma mulher simples, não foi à escola, não passou além do pedaço de chão que nem era seu, não conheceu riqueza e fartura, vivia dos golpes na madeira por necessidade, o que a tornou uma das maiores escultoras do estado, e seus bugres foram eleitos pelo imaginário popular como o símbolo da cultura local.


 Ao morrer em 1983, era tão pobre quanto nasceu, mesmo tendo dado seu sangue e suor, escorridos nas ferpas da madeira.  Varria a casa e cozinhava em fogão de lenha enquanto suas obras estavam em exposições no Brasil e no mundo, vivia no desconforto da casa de tábua e da água de poço, mas seu trabalho chegou aos mais importantes museus.


Trecho do TCC “INFLUÊNCIAS E DESAFIOS DAS MULHERES ARTISTAS DE DOURADOS – MS: FORMAÇÃO E TRAJETÓRIA” Zaatreh, G.V.M., 2010.



Alguns de seus bugres encontram-se em propriedade de colecionadores particulares, outros, expostos no MARCO - Museu de Arte Contemporânea.


Ainda hoje é possível adquirir uma escultura dos Bugres da Conceição, pois um de seus descendentes, Mariano, os confecciona e comercializa na Casa do Artesão, na Avenida Afonso Pena em Campo Grande.




Seguem algumas obras  na temática indígena de artistas do Estado do Mato Grosso do Sul,
o segundo estado brasileiro em número de indígenas.

Carlos Cabral - Da série Aquidauana Brasil, 2004

Adilson Schiefer - Madona Kadiwéu, 2004

Adilson Schiefer - Índia com cerâmica

Adilson Schiefer - Pescador em dia de sol, 2004

Adilson Schiefer - Maternidade I


Genessi - O indígena e a fé, 1993

Genessi - Xilogravura laranja e preto, 1993

Genessi  - Xilogravura amarelo ocre e preto, 1993

Genessi - Xilogravura laranja ocre e preto, 1993
Cello Lima - Étnicos II, 2004

Cello Lima - Cores do chão que todo mundo quer - Fome

Cello Lima - Cores do chão que todo mundo quer

Cello Lima - Étnicos III
Cello Lima - Étnicos I
Jonir Figueiredo - Jacaré
Jonir Figueiredo - Guerreiro Kadiuéu
Joubert Pantaneiro - Artesã amamentando, 1998
Júlio Cabral - Conceição, 1999


Isaac de Oliveira - Onça
Laura - Cavaleiro Guaicurú, 1995

Henrique Spengler

Formou-se em Educação Artística pela FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado – 1981 e pós-graduou se em História da Arte. Foi Diretor de Cultura de Coxim - MS.
Membro de associações a favor da cultura indígena, onde colaborou no desenvolvimento de uma nova visão contemporânea sobre a iconografia da cerâmica, couros e tatuagens dos Guaicuru Kadiwu-Mbayá, étnia do Sudoeste de Mato Grosso do Sul.

Foi um artista neo-nativista tendo desenvolvido a técnica em gravura “cotton”, que utiliza um lençol como matriz. Suas produções  resgataram a saga dos índios de Mato Grosso do Sul, lançando o olhar sobre a história dos primeiros habitantes de nossa terra, para recompô-la na linguagem dos signos, agora traduzidos em Arte por suas pesquisas.


Premiado em diversas exposições e salões, recebeu o “1º Prêmio em Gravura” no 3º e 5º Salão de Artes de Dourados, MS. Participou da exposição “Por uma Identidade Ameríndia” em Assunção - Paraguai, e em La Paz - Bolívia. 

Henrique Spengler - Padronagem Cadiuéu, 1987

Henrique Spengler - Abstração Mbayá Guaicuru

Henrique Spengler - Guaicuru II, 1997




 Clóvis Irigaray - Amazônia Legal, 1975

 Clóvis Irigaray - Universidade da Selva, 1975

Clóvis Irigaray - Xinguana Adorno de braço, 1975

 Clóvis Irigaray - Xinguana colar azul, 1975

Clóvis Irigaray - Xinguana(televisão), 1974

Clóvis Irigaray - Xinguana, (astronautas), 1975

 Agnes Rodrigues - India, 1997

Agnes Rodrigues - Olharíndia, 1997


 Andréa Luz - Índia, 2002

Antonio Kelpes - Índio,2004

Carla de Cápua - Feirantes Terenas, 2003

Carla de Cápua - Mercadora de cerâmicas, 2003

Janaine - Índio, 2000

Leonor Laje - Guarani Caiowá, 1997

Mary Slessor - Caminho certo, 1992

Mary Slessor - Terra Dividida, 1992

Nelli Guimarães - Índia, 1993

Roberto Motta - Elementos regionais, 2003

Silvio Rocha - Reflexão, 1992

Silvio Rocha - Sem título, 1999










Jorapimo

José Ramão Pinto de Moraes  Corumbá 1937 – Campo Grande 2009
Para dar forma às suas obras, usa a técnica da espátula.
Começou a pintar na década de 1950