Mato Grosso do Sul é um estado relativamente novo, foi criado a partir da divisão do Mato Grosso em 1977. Desde então vem buscando sua Identidade Cultural, que acaba sendo uma mistura das culturas de todos os povos que aqui buscaram firmar suas raízes. Certamente, dentre todos estes, a cultura paraguaia e indígena tem se sobressaído, em especial na região da fronteira com o Paraguai.
Conceição foi uma mulher simples, não foi à escola, não passou além do pedaço de chão que nem era seu, não conheceu riqueza e fartura, vivia dos golpes na madeira por necessidade, o que a tornou uma das maiores escultoras do estado, e seus bugres foram eleitos pelo imaginário popular como o símbolo da cultura local.
Ao morrer em 1983, era tão pobre quanto nasceu, mesmo tendo dado seu sangue e suor, escorridos nas ferpas da madeira. Varria a casa e cozinhava em fogão de lenha enquanto suas obras estavam em exposições no Brasil e no mundo, vivia no desconforto da casa de tábua e da água de poço, mas seu trabalho chegou aos mais importantes museus.
Temos vários artistas plásticos que trabalharam a temática indígena em suas obras. A primeira delas, Conceição dos Bugres, teve seu trabalho reconhecido mundialmente, o que não significou que ela tenha colhido os frutos desta conquista.
Conceição dos Bugres
Conceição Freitas da Silva nasceu em Povinho de Santiago, no estado do Rio Grande do Sul em 1914, chegou menina em nosso estado. Gaúcha de fisionomia indígena, conviveu com as etnias Terena e Cadiuéu em sua infância em Ponta Porã e Campo Grande. Adulta, a inventividade veio à tona em um insight mesmo que desproposital, e duma raiz de mandioca surgiu o primogênito de muitos filhos de sua criatividade, as esculturas dos bugres, que como os filhos de um ventre, saíram semelhantes, mas nunca iguais, muito parecidos, mas com diferentes personalidades, que deles se apossam tão logo são finalizados com piche e cera de abelha.
Parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Artes Visuais apresentado por Gizely Virginia Mendes Zaatreh ao Centro Universitário da Grande Dourados - UNIGRAN em Novembro de 2010.
Conceição foi uma mulher simples, não foi à escola, não passou além do pedaço de chão que nem era seu, não conheceu riqueza e fartura, vivia dos golpes na madeira por necessidade, o que a tornou uma das maiores escultoras do estado, e seus bugres foram eleitos pelo imaginário popular como o símbolo da cultura local.
Ao morrer em 1983, era tão pobre quanto nasceu, mesmo tendo dado seu sangue e suor, escorridos nas ferpas da madeira. Varria a casa e cozinhava em fogão de lenha enquanto suas obras estavam em exposições no Brasil e no mundo, vivia no desconforto da casa de tábua e da água de poço, mas seu trabalho chegou aos mais importantes museus.
Trecho do TCC “INFLUÊNCIAS E DESAFIOS DAS MULHERES ARTISTAS DE DOURADOS – MS: FORMAÇÃO E TRAJETÓRIA” Zaatreh, G.V.M., 2010.
Alguns de seus bugres encontram-se em propriedade de colecionadores particulares, outros, expostos no MARCO - Museu de Arte Contemporânea.
Ainda hoje é possível adquirir uma escultura dos Bugres da Conceição, pois um de seus descendentes, Mariano, os confecciona e comercializa na Casa do Artesão, na Avenida Afonso Pena em Campo Grande.
Seguem algumas obras na temática indígena de artistas do Estado do Mato Grosso do Sul,
o segundo estado brasileiro em número de indígenas.
o segundo estado brasileiro em número de indígenas.
Carlos Cabral - Da série Aquidauana Brasil, 2004 |
Adilson Schiefer - Índia com cerâmica |
Adilson Schiefer - Pescador em dia de sol, 2004 |
Jorapimo
José Ramão Pinto de Moraes Corumbá 1937 – Campo Grande 2009
Para dar forma às suas obras, usa a técnica da espátula.
Começou a pintar na década de 1950
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