Mil anos de História e Arte
que povoam nosso imaginário
até hoje
Arte na Idade Média
Vamos tratar da Arte que se desenvolveu no grande Império Romano, que por seu tamanho, foi dividido entre Ocidente com sua Arte Românica e Gótica e tendo como sede a cidade de Roma. O Oriente com a Arte Bizantina, com sede na cidade do Bizâncio, que foi renomeada de Constantinopla. A Idade Média inicia-se em 476 a .C. Século V com a queda do Império Romano do Ocidente, que aconteceu devido às invasões dos bárbaros, e termina com a queda do Império Romano do Oriente em 1453 Século XV, com a tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos.
A divisão do Império Romano, assim como sua conversão ao cristianismo, foram estratégias políticas de manutenção do poder, diante das constantes invasões dos bárbaros e de os cristãos se tornarem cada vez mais numerosos. O Imperador Constantino iniciou esse processo de "conversão" em 313 d.C., e Teodósio I o concretizou e oficializou em 380 d.C,. Este período não tem a mesma grandiosidade cultural da antiguidade clássica, então foi erroneamente chamada de Idade das Trevas pelos estudiosos do século XVI, mas neste tempo aconteceram as mudanças necessárias na sociedade para o desenvolvimento de uma nova Arte; a medieval.
A divisão do Império Romano, assim como sua conversão ao cristianismo, foram estratégias políticas de manutenção do poder, diante das constantes invasões dos bárbaros e de os cristãos se tornarem cada vez mais numerosos. O Imperador Constantino iniciou esse processo de "conversão" em 313 d.C., e Teodósio I o concretizou e oficializou em 380 d.C,. Este período não tem a mesma grandiosidade cultural da antiguidade clássica, então foi erroneamente chamada de Idade das Trevas pelos estudiosos do século XVI, mas neste tempo aconteceram as mudanças necessárias na sociedade para o desenvolvimento de uma nova Arte; a medieval.
Com a descentralização do poder, a população migrou para o campo que foi dividido, a agricultura tornou-se a base da economia e o feudalismo o sistema social e político. A igreja católica tornou-se poderosa devido à conversão de Roma e dos bárbaros ao cristianismo. Estando agora a Igreja católica bem estruturada, o Papa tornou-se a autoridade máxima e a Arte e a cultura foram colocadas a serviço da igreja.
Toda a Arte da Idade Média privilegiou os temas religiosos, pois, numa época em que havia pouquíssimos letrados, a igreja recorria à Arte para transmitir seus ensinamentos religiosos. As construções foram feitas por quem tinha recursos para financiá-las: Coroa e Igreja.
Carlos Magno foi imperador do Ocidente a partir do ano 800, e durante seu reinado a Europa teve grande desenvolvimento cultural, que ficou conhecido como “Renascimento Carolíngio”. Nas oficinas de arte de sua corte os artistas redescobriam a cultura e a arte greco-romana que os levou a criar um novo estilo, o Românico.
Arte Românica – Ocidente
Arquitetura – As construções Românicas são em sua grande maioria igrejas e mosteiros e se caracterizam pelo uso do arco pleno, abóbadas de aresta e de berço, grande uso de linhas horizontais, paredes grossas e sólidas com poucas janelas muito pequenas, criando ambientes escuros e sombrios.
Escultura – Está ligada às paredes, onde são esculpidos relevos e estátuas-colunas que também as ornamentam. Essas colunas aparecem também nas fachadas das construções românicas. Seus relevos mostram cenas do Antigo e Novo Testamento, o juízo final, figuras de animais fantasiosos e demônios, que representam as tormentas a que os pecadores seriam submetidos após a morte. As gárgulas eram esculturas que ficavam sobre os telhados, e além da função catequética, serviam como acabamentos de calhas, onde escoava a água da chuva.
Pintura – Parte dela é desenvolvida sob forma de murais, pois as construções apresentavam paredes com poucas e pequenas janelas que possibilitavam grandes superfícies. Geralmente utilizava-se a técnica do afresco, ou seja, pintura feita sobre uma parede com o reboco ainda fresco. As cenas aconteciam sempre num mesmo plano, sem profundidade.
Uma das principais características da pintura Românica é a deformação. O artista interpretava de modo místico a realidade e retratava seus sentimentos religiosos nas figuras de forma desproporcional. As cores eram vivas e planas e os perfis bem marcados.
A outra parte da pintura é representada pelas Iluminuras que aparecem nos livros escritos à mão pelos padres nos mosteiros. Podiam ser de três formas: Ilustrações de textos, letras iniciais do texto, ou molduras compostas de folhagens e flores colocadas nas margens das páginas. Com cores vivas, muito detalhadas e decoradas com filetes de ouro e prata, que refletiam a luz, originando assim seu nome: Iluminuras.
Arte
Gótica - Ocidente
A Arte Românica
predominou até o início do século XII, quando surgiram as primeiras mudanças
que mais tarde resultariam numa revolução na arquitetura. De modo depreciativo,
essa nova arquitetura foi chamada de Gótica pelos estudiosos do Renascimento.
Com o passar do tempo esse nome ficou relacionado à arquitetura de arcos
ogivais. Esse estilo foi um aprofundamento do estio Românico, principalmente na
verticalidade. O clima religioso favoreceu a construção de edifícios bem mais
altos que refletiam o desejo de ascensão espiritual. O gótico se originou na
França e se espalhou por várias regiões.
Arquitetura - A igreja gótica apresenta três portais, e
no do centro há uma rosácea, vitral circular. O arco ogival, que apresenta uma
elevação na sua parte superior, possibilitou construções mais altas, e abóbadas
de nervura, no lugar das de berço e de aresta da arquitetura Românica. As abóbadas
se apoiavam em colunas, e as paredes se tornaram mais finas, assim, grandes
vitrais coloridos iluminaram o interior das igrejas com feixes de luz colorida.
Escultura – A escultura Gótica também estava ligada à
arquitetura, as figuras eram feitas nas paredes, porém, isoladas umas das
outras, realistas, alongadas, e sempre no tema religioso.
Pintura - Teve seu nascimento tardio. Deu-se no
século XIII e foram até o século XV. Procurava dar algum movimento às figuras
através da postura dos personagens e das paisagens de fundo. São detalhadas e o
artista tentava reproduzir os seres exatamente como os via, mas não conheciam
com exatidão o corpo humano. Alguns artistas desse período são Ambrogiotto Bondone,
conhecido como Giotto e Jan Van Eychk.
Arte
Bizantina – Oriente
O Império Romano
enfrentava problemas para conter a nova religião que se expandia, quanto mais
perseguidos, mais numerosos eram os cristãos; e por volta do século IV, começou
a invasão dos povos bárbaros e que levou o Imperador Constantino a transferir a
capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por
Constantinopla. O Império Romano logo reconheceu o cristianismo como religião
oficial e a Arte Cristã Primitiva evoluiu então para a Arte Românica e Gótica
no Ocidente e Bizantina no Oriente.
A Arte Bizantina está
intimamente relacionada com a religião e o poder, obedecendo a um clero
fortalecido que além das funções religiosas, comandava a Arte, reduzindo
artistas ao papel de meros executores. Seguiam leis rígidas como no Egito
antigo: colocação dos personagens conforme a sua posição social, posição para
mãos e pés e até o jeito certo de representar as roupas. O regime político era
teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais sendo considerado
divino, tanto que o representavam com uma auréola sobre a cabeça. As imagens
sacras acabavam tendo as características imperiais, sendo Jesus representado
num trono e Maria como se fosse uma rainha.
Pintura – Muito pouco foi produzido, pois o mundo bizantino sofreu a questão
iconoclasta, uma controvérsia sobre o uso de pinturas ou entalhes: toda
representação humana realista era considerada uma violação ao mandamento de não
adorar imagens, por lembrar o paganismo romano. Porém
antes disso houve três tipos de pinturas: as miniaturas, pinturas usadas
nas ilustrações dos livros; os afrescos, técnica de pintura mural onde a
tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos; e os ícones,
pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de Cristo ou de
santos;
Escultura - A aversão pela representação de imagens faz diminuir o gosto pela
forma esculpida e conseqüentemente o destaque da escultura durante este
período. Os poucos exemplos que se encontram são baixos-relevos
na decoração de monumentos.
Arquitetura - Teve grande destaque usando o arco, a abóbada e a cúpula, o desenho
de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais. A
Catedral de Santa Sofia é um dos exemplos mais esplendorosos do período.
Mosaico - Foi a principal característica da Arte Bizantina. É um embutido de
pequenas peças de pedra
ou outros materiais (vidro,
mármore,
cerâmica
ou conchas),
formando determinado desenho. Nos mosaicos bizantinos a perspectiva e o volume são
ignorados, e o dourado é largamente utilizado, devido à
abundância dos bens materiais, entre eles, o ouro.
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