Simulado de Artes
Vamos lá meus queridos alunos, estamos a pleno vapor em mais
um ano letivo e o simulado do 2º semestre será no dia 31 de Agosto, quarta-feira.
Vamos recordar um pouquinho dos conteúdos do 1º e 2º Bimestre segundo o
Referencial Curricular de Arte para o Ensino Fundamental. Os conteúdos estão separados por anos.
Leiam, pesquisem e
sucesso!
6º Ano
Arte Pré-histórica: o início
Os humanos inventaram a arte há 25 mil anos. Em algum
momento da era glacial, quando os nossos ancestrais ainda viviam em cavernas,
eles pararam de fazer somente instrumentos de caça e passaram a fazer também
imagens e outros objetos, que hoje denominamos de arte.
Os primeiros objetos artísticos não foram criados para
adornar o corpo ou para decorar cavernas, mas como tentativa de controlar ou
aplacar as forças da natureza. Os símbolos de animais e de pessoas tinham
significação sobrenatural e poderes mágicos.
Escultura – Os mais antigos objetos que chegaram até nós são
esculturas em ossos, marfim, pedra ou chifre. Eram entalhados com um
instrumento afiado, gravados em relevos profundos nas paredes ou esculturas
tridimensionais.
Pintura – As primeiras imagens foram pintadas em cavernas,
provavelmente 15.000 anos atrás. As figuras de bisões, veados, cavalos, bois,
mamutes e javalis estão mais ao fundo das cavernas, longe das superfícies
habitadas e da luz do sol. Os arqueólogos acreditam que as figuras foram feitas
para garantir uma boa caça. Muitos animais aparecem trespassados por flechas, e
furos nas paredes indicam que os habitantes das cavernas atiravam lanças nos
animais desenhados.
Arte no Paleolítico e no Neolítico
Paleolítico – Também chamado de “Idade da Pedra Lascada”,
porque usavam lascas de pedras para fazer suas armas e outros instrumentos. São
deste período as primeiras manifestações artísticas de que se tem registro,
como as pinturas encontradas nas cavernas de Chauvet e Lascaux na França, e de
Altamira na Espanha. As primeiras expressões da arte eram muito simples, eram
traços feitos nas paredes das cavernas ou mãos em negativo, e depois de muito
tempo, o ser humano da pré-história começou a desenhar e a pintar animais.
Procurava-se imitar ao máximo possível as imagens que viam.
Neolítico – Já este período ganhou o nome de “Idade da Pedra
Polida” porque nele se produziu armas e instrumentos com pedras polidas por
atrito, que as tornavam mais afiadas. A partir daí o ser humano criou técnicas
como as da tecelagem e da cerâmica e construiu as primeiras moradias. Como ele
também já havia conseguido produzir fogo, pôde com o tempo, derreter e
trabalhar metais. Em vez de buscar imitar a natureza desenhando e pintando as imagens
exatamente como as viam, temos figuras com poucos traços e poucas cores. As
formas são apenas sugeridas, não que perdessem o capricho pelos seus trabalhos,
mas já não sentiam necessidade de fazer tudo tão igual à realidade.
Arte Egípcia
Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se
desenvolveu no Egito 3.200 anos antes de Cristo. Foi uma civilização cheia de
detalhes e muito rica em sua arte e cultura. A religião era muito presente na
vida egípcia e comandava a política, o papel de cada classe social e toda a
produção artística desse povo. Além de crer em deuses que poderiam interferir
na história humana, os egípcios acreditavam também na vida após a morte que era
mais importante do que a que viviam no presente. A arte egípcia glorificava os
deuses e quando um rei morria, era divinizado, e para sepultá-los construíam
templos funerários e túmulos grandiosos. Os egípcios escreviam usando desenhos,
não utilizavam letras como nós, e desenvolveram uma forma de escrita, onde cada
símbolo tinha um significado, que foi chamada de hieróglifos.
ARQUITETURA As pirâmides do deserto de Gizé são suas obras
mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império:
Quéops, Quéfren e Miquerinos. São construídas com de pedras muito pesadas colocadas
uma ao lado da outra em uma base quadrada, e vão diminuindo à medida que vão
ganhando altura. O interior é um verdadeiro labirinto com passagens secretas
que vão dar na câmara funerária, local onde ficava a múmia do faraó e seus
pertences. Junto às pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que
representa o faraó Quéfren, uma estátua gigantesca com corpo de leão e cabeça
humana, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto arrancou-lhe
pedaços, e ela ficou com aparência misteriosa.
ESCULTURA Os egípcios esculpiam imagens em posição rígida,
quase sempre de frente. Eram faraós e deuses com cabeça de animal e corpo
humano. Exageravam nas medidas, dando impressão de força e de majestade. Também
esculpiam imagens e os hieróglifos em baixo-relevo, e algumas vezes os
pintavam.
A Arte Grega
A Grécia é um conjunto de ilhas próximas da civilização
egípcia e desenvolveu-se depois desta civilização. Este povo foi o inventor dos
jogos olímpicos e do teatro. A arte na Grécia imita a natureza e busca um ideal
de beleza, a beleza perfeita.
ARQUITETURA – Faziam
templos cheios de colunas com diferentes enfeites na parte de cima: mais
simples era o Dórico; com volutas chamava-se Jônico e o com flores chamava-se
Coríntio. Dentro desses templos ficavam as estátuas das divindades, os deuses
que eles cultuavam, então tinham a função de proteger as estátuas das
divindades. O mais famoso é o Partenon em Atenas. Construíam teatros a céu
aberto tão grandes, que chegava a acomodar 14.000 pessoas como o Epidauro, e
todos os espectadores conseguiam ouvir os atores durante o espetáculo.
PINTURA – os gregos pintavam em vasos de cerâmica. Estes
vasos serviam para rituais religiosos, para armazenar água, vinho, azeite e
mantimentos. Suas pinturas representavam
pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega, e o maior pintor
de vasos foi Exéquias. As pinturas dos vasos gregos podiam ser brancas, negras
ou vermelhas.
ESCULTURA – Os gregos esculpiam formas humanas, e foram os
que melhor fizeram isso em todos os tempos. No começo os gregos esculpiam em
pedras brancas chamadas mármore, mas o mármore se quebrava quando iam fazer os
braços das estátuas, por isso, passaram a usar o bronze que é um metal mais
forte. Inicialmente as esculturas eram coloridas, mas a ação do tempo foi
tornando-as brancas como as conhecemos hoje.
7º Ano
Arte no Renascimento
Período marcado por mudanças culturais, ideológicas e
científicas, entre o fim do século XIII e meados do século XVII. Desta forma, o
homem passou a se enxergar não simplesmente como um observador do mundo criado
por Deus, mas sim como a sua principal expressão.
Na Arte Renascentista a temática principal é o próprio ser
humano e sua capacidade de avaliar o mundo ao seu redor e envolveu a
revalorização da cultura clássica e dos períodos de grande progresso científico
e cultural das civilizações grega e romana. Os artistas geralmente retratavam a
figura humana, cultivando a beleza típica de tais civilizações.
Na pintura, os principais traços do Renascimento foram o uso
do sombreado, que reforçava o volume dos corpos; o Sfumatto, que indefinia a
linha de separação de uma área e outra da imagem; uso da perspectiva, que
representa o que está mais perto, em tamanho maior do que o que está longe.
Outro fato importante é que se começou a usar suportes móveis, como a tela e a
madeira, e novas formas de tinta como a óleo.
Na arquitetura, as
construções eram totalmente harmônicas, construídas em forma de a cruz grega
com uma cúpula no centro. Na escultura, podemos citar entre as características
mais marcantes a representação do nu e o realismo nas formas humanas. Entre os
artistas mais importantes da arte renascentista, podemos citar Leonardo da
Vinci (1452-1519), Michelangelo (1475-1564) e Rafael Sanzio (1483-1520).
Leonardo da Vinci (1452 - 1519)
Nasceu na cidade de Vinci, centro intelectual da Itália. O
seu talento artístico cedo se revelou, mostrando excepcional habilidade na
geometria, na música e na expressão artística. Reconhecendo suas capacidades, o
seu pai, mostrou seus desenhos a um grande mestre da renascença e Leonardo e
tornou-o seu aprendiz. Com apenas vinte anos, Leonardo associa-se ao núcleo de
pintores de Florença. Estudiosos afirmam que o seu conhecimento provém da
observação pessoal e da aplicação prática das suas ideias. Pintor, escultor,
arquiteto e engenheiro, Leonardo foi o talento mais versátil da Itália do
Renascimento. Seus desenhos, combinando uma precisão científica com um grande
poder imaginativo, refletem a enorme vastidão dos seus interesses, que iam
desde a biologia, à fisiologia, à hidráulica, à aeronáutica e à matemática.
Como anatomista, estudou os sistemas internos do corpo
humano, como em “O feto no útero” e suas proporções exatas ficaram registradas
em “O Homem Vitruviano” que coloca o corpo humano inserido na forma ideal do
círculo e nas perfeitas proporções do
quadrado. Realizou outras conhecidas obras como “A última ceia”, “Dama com
arminho”.
Michelângelo
Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na
Itália em 1475 e passou parte de sua infância e adolescência em Florença.
Começou a carreira artística sendo aprendiz do mestre Girlandaio, depois foi
para Florença, para aprender com Lorenzo de Médici. Recebeu influências artísticas
de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um
grande centro de produção cultural.
Foi morar em 1492 na cidade de Bolonha na Itália, e em 1496
recebeu convite para morar em Roma Nesta época, criou uma obra com grande influência
da cultura greco-romana: Pietá. Ao retornar para a cidade de Florença, em 1501,
cria duas outras obras importantes: Davi e a pintura a Sagrada Família.
Entre os anos de 1508 e 1541 pintou o teto da Capela Sistina
no Vaticano, Neste período também trabalhou na reconstrução do interior da
Igreja de São Lourenço, trabalhou na pintura O Último Julgamento, da capela
Sistina e foi indicado como o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro.
Morreu em Roma em 1564, aos 89 anos e até os dias de hoje é
considerados um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos,
junto com outros de sua época como, por exemplo, Leonardo da Vinci, Rafael
Sanzio, Donatello e Giotto di Bondone.
Principais obras de Michelangelo:
- Afrescos do teto da Capela Sistina - Cúpula da Basílica de São Pedro
- A criação de Adão - Esculturas:
Davi, Leda, Moisés e Pietá
- Julgamento Final - Retratos da
família Médici
- Martírio de São Pedro - Livro de poesias: Coletânea de
Rimas
- Conversão de São Paulo - A Madona dos degraus
(relevo)
Características da Pintura Renascentista
Perspectiva – ilusão de óptica
Pintura à óleo – demora para secar
Novos suportes – tela e madeira
Inclusão de cenas de arquiteturas – partes de construções
Naturalismo e Realismo – Busca imitar ao máximo as formas da
natureza e a realidade
A perspectiva é um efeito utilizado no mundo da arte, que
consegue transmitir a sensação de profundidade. Quando olhamos para o
horizonte, temos a impressão de que a terra e o céu se encontram. Essa linha
imaginária de encontro entre céu e a terra, é o exemplo mais usado para entendermos o que chamamos de Linha do Horizonte. Ela está sempre na altura dos nossos olhos, em pé
ou sentado.
Quando olhamos para um ambiente, nossos olhos se
direcionam para um ponto onde linhas paralelas parecem se unir.
Esse ponto é chamado de ponto de fuga (PF). Linhas convergentes são linhas
paralelas, que convergem ao ponto de fuga. O ponto de fuga é a representação do
Infinito sobre o plano.
Maneirismo
Estilo artístico europeu do século XVI, que valorizava o
jeito, a maneira de cada artista pintar, e vem daí o nome Maneirismo. Este
estilo artístico ocorreu entre o Renascimento e o Barroco e causou conflito
entre o tradicional e o inovador em busca de uma nova arte.
A pintura tornou-se exagerada com suas figuras retorcidas,
sombrias e tensas. corpos distorcidos, bastante alongados, sendo, às vezes,
exageradamente musculosos e com fortes combinações de cores.
Na obra Última ceia (1592-94) de Tintoretto, vemos a
diferença do Renascimento para o Maneirismo: a perspectiva em diagonal
desequilibra a obra, e a luz é usada para criar um efeito emocional, É uma obra
dramática, bastante populosa e movimentada. Bem diferente da Última Ceia de
Leonardo Da Vinci.
Giuseppe Arcimboldo (1527 – 1593) foi um artista muito
diferente para a sua época. É o tipo de pintura que nos obriga a observar um
longo tempo para descobrir os detalhes ocultos atrás de cada detalhe, pois usou
elementos até então nunca usados na pintura de fisionomias humanas.
Iniciou os seus trabalhos com seu pai no vitral da catedral
de Milão e atingiu a fama em Praga. Seus principais trabalhos foram "As
quatro estações" onde utilizou frutas, verduras e flores e "Os quatro
elementos", utilizando animais marinhos e terrestres e objetos de guerra.
8º Ano
Neoclassicismo
Trata-se do movimento predominante na arte e arquitetura
européia do final do século XVIII e início do XIX, caracterizado pelo retorno,
mais uma vez, aos padrões de arte da Grécia e da Roma antigas. A arte já havia
se utilizado desses padrões durante o renascimento, no fim da idade média,
quando a Europa havia se voltado para a tradição clássica.
A pintura neoclássica, então, obedecia a regras inspiradas
nas esculturas clássicas gregas e na pintura renascentista italiana, sobretudo
em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição e da harmonia do
colorido. No Brasil, a herança neoclássica se fez sentir graças à influência da
Missão Artística Francesa, trazida no século XIX pela família real portuguesa,
que estava aqui naquele século.
Alguns dos principais artistas do movimento neoclássico
Europeu foram:
· Jacques-Louis David: (1748-1825) nasceu em Paris e foi
considerado o pintor da Revolução Francesa; mais tarde, tornou-se o pintor
oficial do Império de Napoleão, pois durante seu governo, registrou fatos
históricos ligados à vida do imperador. Algumas obras: "Bonaparte Atravessando
os Alpes" e "A Morte de Marat".
· Jean Auguste Dominique Ingres: (1780-1867) estudou no
ateliê do artista David (1797), sua obra abrange, além de composições
mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens. Soube registrar a
fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no seu gosto e
poder. Por outro lado, revela um inegável apuro técnico na pintura do nu e do
panejamento. Algumas obras: "Banhista de Valpinçon" e "Louis
Bertin".
Romantismo
Você já viu um filme romântico? Leu um romance? Além das ideias
de apaixonado e sentimental, a palavra romantismo está ligada a um movimento
artístico e cultural que não tinha apenas essas características. O quadro “A
liberdade guiando o povo” é um exemplo romântico - e não está ligada à noção de
"romantismo" que normalmente temos.
Fazendo uma pesquisa de imagens na internet observe o
quadro. Como é a expressão dos personagens? A cena é calma? Emocionante?
Romântica?
Este quadro de Eugène Delacroix é um dos marcos do
romantismo. O artista mudou a pintura francesa ao não aceitar os padrões
impostos pelo neoclassicismo. Ele acreditava que a cor era mais importante que
a forma, e a imaginação, mais importante que a razão.
As cores fortes pretendem trazer a emoção à tona. Nessa
obra, Delacroix retrata um acontecimento histórico, a rebelião dos republicanos
e liberais contra o rei Carlos 10o em 1830, na França. O fato é verídico, mas a
maneira de retratá-lo é fantasiosa: é pouco provável que houvesse uma mulher de
seios nus durante a rebelião, guiando os manifestantes!
O artista romântico criava em suas obras uma atmosfera de
fantasia e heroísmo, valorizando a emoção e a liberdade de criação. Além de
acontecimentos históricos contemporâneos, também tinha como temática culto à
natureza.
O romantismo pode ser descrito como o movimento artístico
literário e filosófico que surgiu no fim do século XVIII e se estendeu pelo
XIX, decorrente das fortes mudanças sociais, políticas e culturais na Europa,
sob os efeitos da Revolução Francesa e da Revolução Industrial.
Além de sua presença na arte, e na filosofia, temos o
movimento romântico na música e literatura, vertentes que no Brasil tiveram
muita força com o maestro Carlos Gomes e o escritor José de Alencar. Como
expoentes do romantismo, além do pintor Eugène Delacroix (1798-1863), pode-se
citar os artistas Francisco Goya (1746 – 1828) Théodore Géricault (1791 - 1824)
na França, e William Turner (1775 - 1851) e John Constable (1776 - 1837) na
Inglaterra, entre outros.
Realismo
Na segunda metade do século XIX, surgiu na França, e depois
se estendeu por vários países, um movimento artístico chamado Realismo, que era
contra a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo. Retratavam a
natureza como ela é e não de forma idealizada, se inspirava na razão e na
ciência, retratando a vida e os costumes das classes média e baixa.
A pintura realista trocou a exaltação romântica pela
reprodução desapaixonada e neutra. Não segue mais o ideal de beleza inspirado
nas tradições da Grécia e Roma. Nos quadros o gosto por cenas do cotidiano
popular, os quadros são retratado sem ornamentos, mas rico em detalhes. Não há
seres imaginários ou fantásticos, cenas heróicas ou belezas idealizadas, como
no romantismo.
Provavelmente os artistas presenciavam as cenas. Eles iam ao
o local que pretendiam retratar, faziam esboços e depois retocavam os desenhos
em seus ateliês. A representação realista, quando comparada a uma pintura
romântica, não apresenta fortes expressões faciais; há preocupação com a
exatidão do desenho e uma preocupação excessiva com o acabamento do quadro.
Além de Jean-François Millet (1814-1875), outros artistas
foram marcantes no rea lismo, entre eles Jean-Baptiste Camille Corot
(1796-1875) e Gustave Coubert (1819-1877).
Torre Eiffel - Além da pintura, o movimento realista teve
forte repercussão na literatura, na escultura e na arquitetura, que passou a
utilizar novos materiais, surgidos com a Revolução Industrial, como ferro
fundido e concreto armado. A Torre Eiffel, do engenheiro Gustave Eiffel,
monumento símbolo da cidade de Paris construído em 1889, foi a primeira
construção francesa que adotou o ferro fundido em toda sua estrutura. Com 300
metros de altura, foi a construção mais alta da época. Uma manifestação
realista na escultura.
Art Nouveau
Foi um movimento que surgiu na Europa, entre 1890 e 1910.
Essencialmente decorativo, voltado ao design e à arquitetura, influenciou
também o universo das artes plásticas. Recebeu nomes diferentes nos diversos
países onde se manifestou: Art Nouveau (arte nova); style nouille (estilo
macarrônico) na França; style coup de fouet (estilo golpe de chicote) na
Bélgica; modern style (estilo moderno) na Inglaterra; jugendstil (estilo da
juventude) na Alemanha; style liberty (estilo livre) na Itália.
Preocupava-se com a originalidade da forma, tinha relação
direta com a Segunda Revolução Industrial e com a exploração de novos
materiais, como o ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que
passaram a ser construídos, e os avanços tecnológicos na área gráfica, teve
grande influência nos cartazes.
Os artistas Toulouse-Lautrec, Pierre Bonnard e Gustav Klimt
produziram pinturas e criaram cartazes e objetos de decoração que destacaram o
valor ornamental de linhas de origem floral, determinando formas delicadas,
sinuosas, ondulantes e sempre assimétricas.
Arquitetura A Art Nouveau surgiu como uma tendência
inovadora do fim do século XIX: um estilo floreado, em que se destacam as
formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros
elementos. Os edifícios apresentam linhas curvas, delicadas, irregulares e
assimétricas. Mosaicos e mistura de materiais caracterizam muitas obras
arquitetônicas, como as de Antoni Gaudí, expoente do movimento na Espanha. Com
cacos de vidro e ladrilhos, ele decora construções como o Parque Güell,
Catedral da Sagrada Família e a Casa Milá.
A Art Nouveau no Brasil O estilo chegou ao
Brasil nos primeiros anos da República, com o nome de Arte Floreal, e, como na
Europa, exerceu forte influência na arquitetura e nas artes gráficas.
9º Ano
Expressionismo
Movimento artístico que procura a expressão dos sentimentos
e das emoções do autor, e não a representação da realidade. Revela o lado
pessimista da vida, desencadeado pelas circunstâncias históricas de determinado
momento como a modernização, o isolamento, a alienação, a massificação das
grandes cidades e que provocam os sentimentos mais profundos do ser humano, e
dentre eles, a angústia existencial.
O maior objetivo é o impacto emocional do expectador
exagerando e distorcendo os temas, as cores e as formas. As emoções são representadas
sem existir um comprometimento com a realidade externa, mas com a natureza
interna e as impressões causadas no expectador. A força está nas cores fortes e
puras, nas formas retorcidas e na composição agressiva, sem preocupação com
perspectiva e luz, visto que são propositalmente alteradas.
O Expressionismo desenvolveu-se principalmente na Alemanha
onde se destacam Nolde e Kirshner e na Noruega está representado por Munch
autor de O Grito. Também são referências Van Gogh e Gauguin. A I Guerra Mundial
destrói o movimento, mas não o extingue, são justamente as desgraças da guerra
que motivam outros artistas a retratar toda a dor provocada, (como por exemplo
Marc Chagall e Modigliani)
Cubismo
Interessados pela obra de Cézanne, que pintava as formas da
natureza como se fossem cones, esferas e cilindros, os artistas do início do
século passado foram ainda mais longe: Representaram os objetos com todas as
suas partes num mesmo plano, como se estivessem abertos, e todos os seus lados
de frente para o observador. Não havia fidelidade nenhuma com a aparência real,
foi o abandono total e completo da ilusão da perspectiva e das três dimensões
dos objetos (altura, largura e profundidade) tão almejados na renascença. Com o
tempo o Cubismo evoluiu em duas grandes tendências: Cubismo Analítico e Cubismo
Sintético.
Cubismo Analítico: Analisava a forma dos objetos para
parti-los em pedaços. Foi desenvolvido por Pablo Picasso (1881-1973) e Georges
Braque (1882-1963), entre 1908 e 1911. Usavam poucas cores, preto, cinza e
alguns tons de marrom, ocre, e musgo, já que o importante era apresentar um
objeto de todos os lados ao mesmo tempo.
Cubismo Sintético: Foi a Reação à grande fragmentação e à
destruição da imagem dos objetos nas telas. Procurou tornar as figuras
novamente reconhecíveis, mas não voltou ao realismo das imagens. Entre 1912 e
1914 Picasso e Braque inventaram a colagem juntamente com o espanhol Juan Gris
(1887-1927) e Fernand Léger (1881-1955). Letras, palavra, números em estêncil,
tiras de papel, jornal e papel corrugado, pedaços de madeira, jornais, vidro e
metal foram adicionados aos trabalhos.
Modernismo no Brasil
Na virada do século XIX para o XX, a Europa vivia
intensamente o rompimento com todo o passado artístico e cultural. As vanguardas
européias: Futurismo na Itália; Expressionismo na Alemanha; Cubismo de Picasso
ou o Dadaísmo na Suíça, e outros movimentos que os seguiram, influenciaram os
artistas e intelectuais brasileiros, que viajavam para a Europa. Chegando ao
Brasil eles queriam pôr em prática tudo o que aprendiam por lá.
Mas o Brasil teve sua arte moldada pelos modelos acadêmicos
europeus que estavam já há muito tempo arraigados. As pessoas estavam
profundamente acostumadas com o antigo jeito de entender a arte, o academicismo
e o naturalismo eram a “única forma concebível de arte”, e o modernismo não foi
aceito de início.
Houve um primeiro escândalo: em 1917 a jovem pintora Anita
Malfatti, que acabava de voltar de seus estudos na Europa, fazia uma exposição
de quadros "expressionistas" no centro da cidade. O respeitado
escritor Monteiro Lobato não gostou de suas pinturas e, num violento artigo de
jornal, perguntava se essa moça era louca ou estava querendo enganar a todos. O
texto chamava-se "Paranóia ou Mistificação?" Muitas pessoas
devolveram quadros comprados, outras agrediram a pintora e suas telas.
Esta foi apenas uma
das manifestações do modernismo que começava a chegar ao país. Mais tarde o
Modernismo acabou se fixando por completo a partir da Semana de Arte Moderna de
1922 em São Paulo. Foi esse evento que disseminou as idéias que expressavam os
tempos modernos - o arrojo, o dinamismo e a simplicidade.
O evento fez mais: denunciou a alienação das camadas cultas
em relação à realidade do país e criticou as desigualdades sociais, assuntos
que, mesmo um século mais tarde, permanecem atuais no Brasil. Houve vaias e
críticas, especialmente dos defensores do academicismo, mas o resultado foi a
entrada do Brasil na modernidade.
Anita Malfatti
É considerada a primeira representante do modernismo no
Brasil. Nasceu em 1889 em São Paulo, que contava com menos de 50 mil
habitantes, e ganhava seu primeiro transporte coletivo, o bonde puxado a burro,
e faleceu aos 74 anos, em 1964. Teve má formação congênita na mão direita, o
que a forçou a ser canhota e buscar a superação ainda muito jovem. Foi muito
bem educada por seu pai engenheiro e sua mãe, poliglota, pintora e desenhista.
Aos 19 anos Anita formou-se professora pela Escola Normal.
Nessa época, morreu seu pai, responsável pelo sustento da família. A partir de
então, a mãe passou a dar aulas de idiomas e de pintura, e Anita começou a
trabalhar como professora. Seu talento para a pintura sensibilizou o tio e o
padrinho de tal forma que eles juntaram dinheiro para mandá-la estudar na
Academia de Belas-Artes de Berlim, na Alemanha, em 1910 e matriculou-se. Numa
exposição ela conheceria a arte “rebelde” cujas regras não eram ditadas pelo
academicismo: ela se identificou.
Em 1914, após regressar ao Brasil Anita Malfatti viajaria
para os Estados Unidos onde teve oportunidade de matricular-se numa associação
desvinculada do academicismo escolar. Ali, pôde dar “asas” à liberdade e sua
criação eclodiu com força e Anita Malfatti assume um brilho singular.
Consagrada, Anita retorna ao Brasil segura de sua arte, e
realiza uma exposição individual em 1917. Ela representava algo novo para os
padrões da época, e o “novo”, de modo geral, assusta. A maneira como ela
percebia a arte veio “desarrumar” o que era aceito. Suas pinturas modernas
portanto, tinham motivos para causar desaprovação.
Considerada um escândalo por representantes da sociedade,
sua exposição traria conseqüências desastrosas para seu futuro artístico.
Bombardeada pelas críticas, Anita, tímida, caiu em depressão e recuou.
Sua obra foi duramente criticada principalmente pelo
escritor Monteiro Lobato, então, crítico de arte, justo um dos defensores de
novos rumos para a educação e cultura no país. Com o título de “Paranóia ou
mistificação” ataca suas obras comparando-as aos desenhos produzidos por
internos nos sanatórios, ressaltando naqueles, a sinceridade. Por mais que ele
enfatizasse o modernismo em suas críticas, foi a ela própria que ele atingiu.
Anita murchou e entregou-se à depressão, nem a amizade com
Tarsila do Amaral e os modernistas brasileiros a convenceram a retomar seu
traço marcado pelo expressionismo. Abandonou seu estilo, estudou naturezas
mortas, entregou-se aos retratos, ao decorativismo e voltou a dar aulas de
pintura desanimando-se a novas aventuras. Como diria mais tarde Mário de
Andrade: “Ela fraquejou, sua mão, indecisa, se perdeu.”.
Semana de Arte Moderna
Realizada em São
Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro de 1922. Aconteceu para
renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na
literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar,
subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira,
embora em sintonia com as novas tendências européias, essa era basicamente a
intenção dos modernistas.
Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição
cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de experiências artísticas, de
uma liberdade criadora sem igual, com o conseqüente rompimento com o passado.
Foram apresentados concertos e conferências, e exposições de artes em meio à
barulhentas manifestações contrárias, vaias, chuvas de ovos e tomates. Novos
conceitos foram difundidos e despontaram muitos talentos. A crítica não poupou
esforços para destruir essas idéias. A República Velha, encabeçada pela elite
do café e pela política sentiu-se violentada e afrontada em suas preferências
artísticas.
No catálogo da Semana estavam, além de Anita Malfatti, Di
Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, Victor Brecheret, Mário e Oswald de Andrade,
Menotti Del Picchia, e outros mais. A música estava representada por autores
consagrados, como Villa-Lobos,
A Semana não foi tão importante quando aconteceu, mas o
tempo revelou seu maior valor: Libertar a arte brasileira da reprodução nada
criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura
essencialmente nacional. Surgiram o Movimento Pau-Brasil, o Movimento
Verde-Amarelo e Grupo da Anta, e o Movimento Antropofágico. Os principais meios
de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a Revista de
Antropofagia.
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