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Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brazil
Professora de Artes na Rede Estadual - Escola Pe Constantino de Monte

Morre a árvore, nasce a arte

Morre a árvore, nasce a arte
Escultura de Elmar Medeiros em Maracaju

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Estudando para o Simulado de Artes

Simulado de Artes



Vamos lá meus queridos alunos, estamos a pleno vapor em mais um ano letivo e o simulado do 2º semestre será no dia 31 de Agosto, quarta-feira. Vamos recordar um pouquinho dos conteúdos do 1º e 2º Bimestre segundo o Referencial Curricular de Arte para o Ensino Fundamental.  Os conteúdos estão separados por anos.


 Leiam, pesquisem e sucesso!



6º Ano

Arte Pré-histórica: o início

Os humanos inventaram a arte há 25 mil anos. Em algum momento da era glacial, quando os nossos ancestrais ainda viviam em cavernas, eles pararam de fazer somente instrumentos de caça e passaram a fazer também imagens e outros objetos, que hoje denominamos de arte.

Os primeiros objetos artísticos não foram criados para adornar o corpo ou para decorar cavernas, mas como tentativa de controlar ou aplacar as forças da natureza. Os símbolos de animais e de pessoas tinham significação sobrenatural e poderes mágicos.

Escultura – Os mais antigos objetos que chegaram até nós são esculturas em ossos, marfim, pedra ou chifre. Eram entalhados com um instrumento afiado, gravados em relevos profundos nas paredes ou esculturas tridimensionais.

Pintura – As primeiras imagens foram pintadas em cavernas, provavelmente 15.000 anos atrás. As figuras de bisões, veados, cavalos, bois, mamutes e javalis estão mais ao fundo das cavernas, longe das superfícies habitadas e da luz do sol. Os arqueólogos acreditam que as figuras foram feitas para garantir uma boa caça. Muitos animais aparecem trespassados por flechas, e furos nas paredes indicam que os habitantes das cavernas atiravam lanças nos animais desenhados.
Arte no Paleolítico e no Neolítico

Paleolítico – Também chamado de “Idade da Pedra Lascada”, porque usavam lascas de pedras para fazer suas armas e outros instrumentos. São deste período as primeiras manifestações artísticas de que se tem registro, como as pinturas encontradas nas cavernas de Chauvet e Lascaux na França, e de Altamira na Espanha. As primeiras expressões da arte eram muito simples, eram traços feitos nas paredes das cavernas ou mãos em negativo, e depois de muito tempo, o ser humano da pré-história começou a desenhar e a pintar animais. Procurava-se imitar ao máximo possível as imagens que viam.

Neolítico – Já este período ganhou o nome de “Idade da Pedra Polida” porque nele se produziu armas e instrumentos com pedras polidas por atrito, que as tornavam mais afiadas. A partir daí o ser humano criou técnicas como as da tecelagem e da cerâmica e construiu as primeiras moradias. Como ele também já havia conseguido produzir fogo, pôde com o tempo, derreter e trabalhar metais. Em vez de buscar imitar a natureza desenhando e pintando as imagens exatamente como as viam, temos figuras com poucos traços e poucas cores. As formas são apenas sugeridas, não que perdessem o capricho pelos seus trabalhos, mas já não sentiam necessidade de fazer tudo tão igual à realidade.


Arte Egípcia

Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito 3.200 anos antes de Cristo. Foi uma civilização cheia de detalhes e muito rica em sua arte e cultura. A religião era muito presente na vida egípcia e comandava a política, o papel de cada classe social e toda a produção artística desse povo. Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também na vida após a morte que era mais importante do que a que viviam no presente. A arte egípcia glorificava os deuses e quando um rei morria, era divinizado, e para sepultá-los construíam templos funerários e túmulos grandiosos. Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós, e desenvolveram uma forma de escrita, onde cada símbolo tinha um significado, que foi chamada de hieróglifos.

ARQUITETURA As pirâmides do deserto de Gizé são suas obras mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. São construídas com de pedras muito pesadas colocadas uma ao lado da outra em uma base quadrada, e vão diminuindo à medida que vão ganhando altura. O interior é um verdadeiro labirinto com passagens secretas que vão dar na câmara funerária, local onde ficava a múmia do faraó e seus pertences. Junto às pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, uma estátua gigantesca com corpo de leão e cabeça humana, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto arrancou-lhe pedaços, e ela ficou com aparência misteriosa.

ESCULTURA Os egípcios esculpiam imagens em posição rígida, quase sempre de frente. Eram faraós e deuses com cabeça de animal e corpo humano. Exageravam nas medidas, dando impressão de força e de majestade. Também esculpiam imagens e os hieróglifos em baixo-relevo, e algumas vezes os pintavam.



A Arte Grega

A Grécia é um conjunto de ilhas próximas da civilização egípcia e desenvolveu-se depois desta civilização. Este povo foi o inventor dos jogos olímpicos e do teatro. A arte na Grécia imita a natureza e busca um ideal de beleza, a beleza perfeita.


 ARQUITETURA – Faziam templos cheios de colunas com diferentes enfeites na parte de cima: mais simples era o Dórico; com volutas chamava-se Jônico e o com flores chamava-se Coríntio. Dentro desses templos ficavam as estátuas das divindades, os deuses que eles cultuavam, então tinham a função de proteger as estátuas das divindades. O mais famoso é o Partenon em Atenas. Construíam teatros a céu aberto tão grandes, que chegava a acomodar 14.000 pessoas como o Epidauro, e todos os espectadores conseguiam ouvir os atores durante o espetáculo.

PINTURA – os gregos pintavam em vasos de cerâmica. Estes vasos serviam para rituais religiosos, para armazenar água, vinho, azeite e mantimentos.  Suas pinturas representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega, e o maior pintor de vasos foi Exéquias. As pinturas dos vasos gregos podiam ser brancas, negras ou vermelhas.


ESCULTURA – Os gregos esculpiam formas humanas, e foram os que melhor fizeram isso em todos os tempos. No começo os gregos esculpiam em pedras brancas chamadas mármore, mas o mármore se quebrava quando iam fazer os braços das estátuas, por isso, passaram a usar o bronze que é um metal mais forte. Inicialmente as esculturas eram coloridas, mas a ação do tempo foi tornando-as brancas como as conhecemos hoje.



7º Ano

Arte no Renascimento

Período marcado por mudanças culturais, ideológicas e científicas, entre o fim do século XIII e meados do século XVII. Desta forma, o homem passou a se enxergar não simplesmente como um observador do mundo criado por Deus, mas sim como a sua principal expressão.

Na Arte Renascentista a temática principal é o próprio ser humano e sua capacidade de avaliar o mundo ao seu redor e envolveu a revalorização da cultura clássica e dos períodos de grande progresso científico e cultural das civilizações grega e romana. Os artistas geralmente retratavam a figura humana, cultivando a beleza típica de tais civilizações.

Na pintura, os principais traços do Renascimento foram o uso do sombreado, que reforçava o volume dos corpos; o Sfumatto, que indefinia a linha de separação de uma área e outra da imagem; uso da perspectiva, que representa o que está mais perto, em tamanho maior do que o que está longe. Outro fato importante é que se começou a usar suportes móveis, como a tela e a madeira, e novas formas de tinta como a óleo.

 Na arquitetura, as construções eram totalmente harmônicas, construídas em forma de a cruz grega com uma cúpula no centro. Na escultura, podemos citar entre as características mais marcantes a representação do nu e o realismo nas formas humanas. Entre os artistas mais importantes da arte renascentista, podemos citar Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo (1475-1564) e Rafael Sanzio (1483-1520).



Leonardo da Vinci (1452 - 1519)

Nasceu na cidade de Vinci, centro intelectual da Itália. O seu talento artístico cedo se revelou, mostrando excepcional habilidade na geometria, na música e na expressão artística. Reconhecendo suas capacidades, o seu pai, mostrou seus desenhos a um grande mestre da renascença e Leonardo e tornou-o seu aprendiz. Com apenas vinte anos, Leonardo associa-se ao núcleo de pintores de Florença. Estudiosos afirmam que o seu conhecimento provém da observação pessoal e da aplicação prática das suas ideias. Pintor, escultor, arquiteto e engenheiro, Leonardo foi o talento mais versátil da Itália do Renascimento. Seus desenhos, combinando uma precisão científica com um grande poder imaginativo, refletem a enorme vastidão dos seus interesses, que iam desde a biologia, à fisiologia, à hidráulica, à aeronáutica e à matemática.

Como anatomista, estudou os sistemas internos do corpo humano, como em “O feto no útero” e suas proporções exatas ficaram registradas em “O Homem Vitruviano” que coloca o corpo humano inserido na forma ideal do círculo e  nas perfeitas proporções do quadrado. Realizou outras conhecidas obras como “A última ceia”, “Dama com arminho”.



Michelângelo

Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na Itália em 1475 e passou parte de sua infância e adolescência em Florença. Começou a carreira artística sendo aprendiz do mestre Girlandaio, depois foi para Florença, para aprender com Lorenzo de Médici. Recebeu influências artísticas de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um grande centro de produção cultural.

Foi morar em 1492 na cidade de Bolonha na Itália, e em 1496 recebeu convite para morar em Roma Nesta época, criou uma obra com grande influência da cultura greco-romana: Pietá. Ao retornar para a cidade de Florença, em 1501, cria duas outras obras importantes: Davi e a pintura a Sagrada Família.

Entre os anos de 1508 e 1541 pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, Neste período também trabalhou na reconstrução do interior da Igreja de São Lourenço, trabalhou na pintura O Último Julgamento, da capela Sistina e foi indicado como o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro.

Morreu em Roma em 1564, aos 89 anos e até os dias de hoje é considerados um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos, junto com outros de sua época como, por exemplo, Leonardo da Vinci, Rafael Sanzio, Donatello e Giotto di Bondone.

Principais obras de Michelangelo:

- Afrescos do teto da Capela Sistina    - Cúpula da Basílica de São Pedro

- A criação de Adão                               - Esculturas: Davi, Leda, Moisés e Pietá

- Julgamento Final                                 - Retratos da família Médici

- Martírio de São Pedro                        - Livro de poesias: Coletânea de Rimas

- Conversão de São Paulo                     - A Madona dos degraus (relevo)



Características da Pintura Renascentista

Perspectiva – ilusão de óptica

Pintura à óleo – demora para secar

Novos suportes – tela e madeira

Inclusão de cenas de arquiteturas – partes de construções

Naturalismo e Realismo – Busca imitar ao máximo as formas da natureza e a realidade

A perspectiva é um efeito utilizado no mundo da arte, que consegue transmitir a sensação de profundidade. Quando olhamos para o horizonte, temos a impressão de que a terra e o céu se encontram. Essa linha imaginária de encontro entre céu e a terra, é o exemplo mais  usado para entendermos  o que chamamos de  Linha do Horizonte. Ela  está sempre na altura dos nossos olhos, em pé ou sentado.

Quando olhamos para um ambiente, nossos olhos se direcionam  para um  ponto onde linhas paralelas parecem se unir. Esse ponto é chamado de ponto de fuga (PF). Linhas convergentes são linhas paralelas, que convergem ao ponto de fuga. O ponto de fuga é a representação do Infinito sobre o plano.


Maneirismo

Estilo artístico europeu do século XVI, que valorizava o jeito, a maneira de cada artista pintar, e vem daí o nome Maneirismo. Este estilo artístico ocorreu entre o Renascimento e o Barroco e causou conflito entre o tradicional e o inovador em busca de uma nova arte.

A pintura tornou-se exagerada com suas figuras retorcidas, sombrias e tensas. corpos distorcidos, bastante alongados, sendo, às vezes, exageradamente musculosos e com fortes combinações de cores.

Na obra Última ceia (1592-94) de Tintoretto, vemos a diferença do Renascimento para o Maneirismo: a perspectiva em diagonal desequilibra a obra, e a luz é usada para criar um efeito emocional, É uma obra dramática, bastante populosa e movimentada. Bem diferente da Última Ceia de Leonardo Da Vinci.

Giuseppe Arcimboldo (1527 – 1593) foi um artista muito diferente para a sua época. É o tipo de pintura que nos obriga a observar um longo tempo para descobrir os detalhes ocultos atrás de cada detalhe, pois usou elementos até então nunca usados na pintura de fisionomias humanas.

Iniciou os seus trabalhos com seu pai no vitral da catedral de Milão e atingiu a fama em Praga. Seus principais trabalhos foram "As quatro estações" onde utilizou frutas, verduras e flores e "Os quatro elementos", utilizando animais marinhos e terrestres e objetos de guerra.




8º Ano


Neoclassicismo

Trata-se do movimento predominante na arte e arquitetura européia do final do século XVIII e início do XIX, caracterizado pelo retorno, mais uma vez, aos padrões de arte da Grécia e da Roma antigas. A arte já havia se utilizado desses padrões durante o renascimento, no fim da idade média, quando a Europa havia se voltado para a tradição clássica.

A pintura neoclássica, então, obedecia a regras inspiradas nas esculturas clássicas gregas e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição e da harmonia do colorido. No Brasil, a herança neoclássica se fez sentir graças à influência da Missão Artística Francesa, trazida no século XIX pela família real portuguesa, que estava aqui naquele século.

Alguns dos principais artistas do movimento neoclássico Europeu foram:

· Jacques-Louis David: (1748-1825) nasceu em Paris e foi considerado o pintor da Revolução Francesa; mais tarde, tornou-se o pintor oficial do Império de Napoleão, pois durante seu governo, registrou fatos históricos ligados à vida do imperador. Algumas obras: "Bonaparte Atravessando os Alpes" e "A Morte de Marat".

· Jean Auguste Dominique Ingres: (1780-1867) estudou no ateliê do artista David (1797), sua obra abrange, além de composições mitológicas e literárias, nus, retratos e paisagens. Soube registrar a fisionomia da classe burguesa do seu tempo, principalmente no seu gosto e poder. Por outro lado, revela um inegável apuro técnico na pintura do nu e do panejamento. Algumas obras: "Banhista de Valpinçon" e "Louis Bertin".



Romantismo

Você já viu um filme romântico? Leu um romance? Além das ideias de apaixonado e sentimental, a palavra romantismo está ligada a um movimento artístico e cultural que não tinha apenas essas características. O quadro “A liberdade guiando o povo” é um exemplo romântico - e não está ligada à noção de "romantismo" que normalmente temos.



Fazendo uma pesquisa de imagens na internet observe o quadro. Como é a expressão dos personagens? A cena é calma? Emocionante? Romântica?


Este quadro de Eugène Delacroix é um dos marcos do romantismo. O artista mudou a pintura francesa ao não aceitar os padrões impostos pelo neoclassicismo. Ele acreditava que a cor era mais importante que a forma, e a imaginação, mais importante que a razão.

As cores fortes pretendem trazer a emoção à tona. Nessa obra, Delacroix retrata um acontecimento histórico, a rebelião dos republicanos e liberais contra o rei Carlos 10o em 1830, na França. O fato é verídico, mas a maneira de retratá-lo é fantasiosa: é pouco provável que houvesse uma mulher de seios nus durante a rebelião, guiando os manifestantes!


O artista romântico criava em suas obras uma atmosfera de fantasia e heroísmo, valorizando a emoção e a liberdade de criação. Além de acontecimentos históricos contemporâneos, também tinha como temática culto à natureza.


O romantismo pode ser descrito como o movimento artístico literário e filosófico que surgiu no fim do século XVIII e se estendeu pelo XIX, decorrente das fortes mudanças sociais, políticas e culturais na Europa, sob os efeitos da Revolução Francesa e da Revolução Industrial.

Além de sua presença na arte, e na filosofia, temos o movimento romântico na música e literatura, vertentes que no Brasil tiveram muita força com o maestro Carlos Gomes e o escritor José de Alencar. Como expoentes do romantismo, além do pintor Eugène Delacroix (1798-1863), pode-se citar os artistas Francisco Goya (1746 – 1828) Théodore Géricault (1791 - 1824) na França, e William Turner (1775 - 1851) e John Constable (1776 - 1837) na Inglaterra, entre outros.



Realismo

Na segunda metade do século XIX, surgiu na França, e depois se estendeu por vários países, um movimento artístico chamado Realismo, que era contra a artificialidade do Neoclassicismo e do Romantismo. Retratavam a natureza como ela é e não de forma idealizada, se inspirava na razão e na ciência, retratando a vida e os costumes das classes média e baixa.

A pintura realista trocou a exaltação romântica pela reprodução desapaixonada e neutra. Não segue mais o ideal de beleza inspirado nas tradições da Grécia e Roma. Nos quadros o gosto por cenas do cotidiano popular, os quadros são retratado sem ornamentos, mas rico em detalhes. Não há seres imaginários ou fantásticos, cenas heróicas ou belezas idealizadas, como no romantismo.

Provavelmente os artistas presenciavam as cenas. Eles iam ao o local que pretendiam retratar, faziam esboços e depois retocavam os desenhos em seus ateliês. A representação realista, quando comparada a uma pintura romântica, não apresenta fortes expressões faciais; há preocupação com a exatidão do desenho e uma preocupação excessiva com o acabamento do quadro.

Além de Jean-François Millet (1814-1875), outros artistas foram marcantes no rea lismo, entre eles Jean-Baptiste Camille Corot (1796-1875) e Gustave Coubert (1819-1877).

Torre Eiffel - Além da pintura, o movimento realista teve forte repercussão na literatura, na escultura e na arquitetura, que passou a utilizar novos materiais, surgidos com a Revolução Industrial, como ferro fundido e concreto armado. A Torre Eiffel, do engenheiro Gustave Eiffel, monumento símbolo da cidade de Paris construído em 1889, foi a primeira construção francesa que adotou o ferro fundido em toda sua estrutura. Com 300 metros de altura, foi a construção mais alta da época. Uma manifestação realista na escultura.



Art Nouveau

Foi um movimento que surgiu na Europa, entre 1890 e 1910. Essencialmente decorativo, voltado ao design e à arquitetura, influenciou também o universo das artes plásticas. Recebeu nomes diferentes nos diversos países onde se manifestou: Art Nouveau (arte nova); style nouille (estilo macarrônico) na França; style coup de fouet (estilo golpe de chicote) na Bélgica; modern style (estilo moderno) na Inglaterra; jugendstil (estilo da juventude) na Alemanha; style liberty (estilo livre) na Itália.

Preocupava-se com a originalidade da forma, tinha relação direta com a Segunda Revolução Industrial e com a exploração de novos materiais, como o ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos, e os avanços tecnológicos na área gráfica, teve grande influência nos cartazes.

Os artistas Toulouse-Lautrec, Pierre Bonnard e Gustav Klimt produziram pinturas e criaram cartazes e objetos de decoração que destacaram o valor ornamental de linhas de origem floral, determinando formas delicadas, sinuosas, ondulantes e sempre assimétricas.

Arquitetura A Art Nouveau surgiu como uma tendência inovadora do fim do século XIX: um estilo floreado, em que se destacam as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros elementos. Os edifícios apresentam linhas curvas, delicadas, irregulares e assimétricas. Mosaicos e mistura de materiais caracterizam muitas obras arquitetônicas, como as de Antoni Gaudí, expoente do movimento na Espanha. Com cacos de vidro e ladrilhos, ele decora construções como o Parque Güell, Catedral da Sagrada Família e a Casa Milá.

A Art Nouveau no Brasil O estilo chegou ao Brasil nos primeiros anos da República, com o nome de Arte Floreal, e, como na Europa, exerceu forte influência na arquitetura e nas artes gráficas.






9º Ano

Expressionismo

Movimento artístico que procura a expressão dos sentimentos e das emoções do autor, e não a representação da realidade. Revela o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstâncias históricas de determinado momento como a modernização, o isolamento, a alienação, a massificação das grandes cidades e que provocam os sentimentos mais profundos do ser humano, e dentre eles, a angústia existencial.

O maior objetivo é o impacto emocional do expectador exagerando e distorcendo os temas, as cores e as formas. As emoções são representadas sem existir um comprometimento com a realidade externa, mas com a natureza interna e as impressões causadas no expectador. A força está nas cores fortes e puras, nas formas retorcidas e na composição agressiva, sem preocupação com perspectiva e luz, visto que são propositalmente alteradas.

O Expressionismo desenvolveu-se principalmente na Alemanha onde se destacam Nolde e Kirshner e na Noruega está representado por Munch autor de O Grito. Também são referências Van Gogh e Gauguin. A I Guerra Mundial destrói o movimento, mas não o extingue, são justamente as desgraças da guerra que motivam outros artistas a retratar toda a dor provocada, (como por exemplo Marc Chagall e Modigliani)



Cubismo

Interessados pela obra de Cézanne, que pintava as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros, os artistas do início do século passado foram ainda mais longe: Representaram os objetos com todas as suas partes num mesmo plano, como se estivessem abertos, e todos os seus lados de frente para o observador. Não havia fidelidade nenhuma com a aparência real, foi o abandono total e completo da ilusão da perspectiva e das três dimensões dos objetos (altura, largura e profundidade) tão almejados na renascença. Com o tempo o Cubismo evoluiu em duas grandes tendências: Cubismo Analítico e Cubismo Sintético.

Cubismo Analítico: Analisava a forma dos objetos para parti-los em pedaços. Foi desenvolvido por Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963), entre 1908 e 1911. Usavam poucas cores, preto, cinza e alguns tons de marrom, ocre, e musgo, já que o importante era apresentar um objeto de todos os lados ao mesmo tempo.

Cubismo Sintético: Foi a Reação à grande fragmentação e à destruição da imagem dos objetos nas telas. Procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis, mas não voltou ao realismo das imagens. Entre 1912 e 1914 Picasso e Braque inventaram a colagem juntamente com o espanhol Juan Gris (1887-1927) e Fernand Léger (1881-1955). Letras, palavra, números em estêncil, tiras de papel, jornal e papel corrugado, pedaços de madeira, jornais, vidro e metal foram adicionados aos trabalhos.



Modernismo no Brasil

Na virada do século XIX para o XX, a Europa vivia intensamente o rompimento com todo o passado artístico e cultural. As vanguardas européias: Futurismo na Itália; Expressionismo na Alemanha; Cubismo de Picasso ou o Dadaísmo na Suíça, e outros movimentos que os seguiram, influenciaram os artistas e intelectuais brasileiros, que viajavam para a Europa. Chegando ao Brasil eles queriam pôr em prática tudo o que aprendiam por lá.

Mas o Brasil teve sua arte moldada pelos modelos acadêmicos europeus que estavam já há muito tempo arraigados. As pessoas estavam profundamente acostumadas com o antigo jeito de entender a arte, o academicismo e o naturalismo eram a “única forma concebível de arte”, e o modernismo não foi aceito de início.

Houve um primeiro escândalo: em 1917 a jovem pintora Anita Malfatti, que acabava de voltar de seus estudos na Europa, fazia uma exposição de quadros "expressionistas" no centro da cidade. O respeitado escritor Monteiro Lobato não gostou de suas pinturas e, num violento artigo de jornal, perguntava se essa moça era louca ou estava querendo enganar a todos. O texto chamava-se "Paranóia ou Mistificação?" Muitas pessoas devolveram quadros comprados, outras agrediram a pintora e suas telas.

 Esta foi apenas uma das manifestações do modernismo que começava a chegar ao país. Mais tarde o Modernismo acabou se fixando por completo a partir da Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo. Foi esse evento que disseminou as idéias que expressavam os tempos modernos - o arrojo, o dinamismo e a simplicidade.

O evento fez mais: denunciou a alienação das camadas cultas em relação à realidade do país e criticou as desigualdades sociais, assuntos que, mesmo um século mais tarde, permanecem atuais no Brasil. Houve vaias e críticas, especialmente dos defensores do academicismo, mas o resultado foi a entrada do Brasil na modernidade.



Anita Malfatti

É considerada a primeira representante do modernismo no Brasil. Nasceu em 1889 em São Paulo, que contava com menos de 50 mil habitantes, e ganhava seu primeiro transporte coletivo, o bonde puxado a burro, e faleceu aos 74 anos, em 1964. Teve má formação congênita na mão direita, o que a forçou a ser canhota e buscar a superação ainda muito jovem. Foi muito bem educada por seu pai engenheiro e sua mãe, poliglota, pintora e desenhista.

Aos 19 anos Anita formou-se professora pela Escola Normal. Nessa época, morreu seu pai, responsável pelo sustento da família. A partir de então, a mãe passou a dar aulas de idiomas e de pintura, e Anita começou a trabalhar como professora. Seu talento para a pintura sensibilizou o tio e o padrinho de tal forma que eles juntaram dinheiro para mandá-la estudar na Academia de Belas-Artes de Berlim, na Alemanha, em 1910 e matriculou-se. Numa exposição ela conheceria a arte “rebelde” cujas regras não eram ditadas pelo academicismo: ela se identificou.

Em 1914, após regressar ao Brasil Anita Malfatti viajaria para os Estados Unidos onde teve oportunidade de matricular-se numa associação desvinculada do academicismo escolar. Ali, pôde dar “asas” à liberdade e sua criação eclodiu com força e Anita Malfatti assume um brilho singular.

Consagrada, Anita retorna ao Brasil segura de sua arte, e realiza uma exposição individual em 1917. Ela representava algo novo para os padrões da época, e o “novo”, de modo geral, assusta. A maneira como ela percebia a arte veio “desarrumar” o que era aceito. Suas pinturas modernas portanto, tinham motivos para causar desaprovação.

Considerada um escândalo por representantes da sociedade, sua exposição traria conseqüências desastrosas para seu futuro artístico. Bombardeada pelas críticas, Anita, tímida, caiu em depressão e recuou.

Sua obra foi duramente criticada principalmente pelo escritor Monteiro Lobato, então, crítico de arte, justo um dos defensores de novos rumos para a educação e cultura no país. Com o título de “Paranóia ou mistificação” ataca suas obras comparando-as aos desenhos produzidos por internos nos sanatórios, ressaltando naqueles, a sinceridade. Por mais que ele enfatizasse o modernismo em suas críticas, foi a ela própria que ele atingiu.

Anita murchou e entregou-se à depressão, nem a amizade com Tarsila do Amaral e os modernistas brasileiros a convenceram a retomar seu traço marcado pelo expressionismo. Abandonou seu estilo, estudou naturezas mortas, entregou-se aos retratos, ao decorativismo e voltou a dar aulas de pintura desanimando-se a novas aventuras. Como diria mais tarde Mário de Andrade: “Ela fraquejou, sua mão, indecisa, se perdeu.”.



Semana de Arte Moderna

 Realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro de 1922. Aconteceu para renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências européias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.

Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o conseqüente rompimento com o passado. Foram apresentados concertos e conferências, e exposições de artes em meio à barulhentas manifestações contrárias, vaias, chuvas de ovos e tomates. Novos conceitos foram difundidos e despontaram muitos talentos. A crítica não poupou esforços para destruir essas idéias. A República Velha, encabeçada pela elite do café e pela política sentiu-se violentada e afrontada em suas preferências artísticas.

No catálogo da Semana estavam, além de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, Victor Brecheret, Mário e Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, e outros mais. A música estava representada por autores consagrados, como Villa-Lobos,

A Semana não foi tão importante quando aconteceu, mas o tempo revelou seu maior valor: Libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional. Surgiram o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta, e o Movimento Antropofágico. Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a Revista de Antropofagia.



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