No final da Idade Média, séculos XIV e
XV, o feudalismo entrou em decadência. A paz entre os feudos favoreceu o
comércio dos novos artigos de consumo trazidos pelas grandes navegações. Em
busca de novas rotas de comércio e ampliar territórios, Colombo chegou à
América em 1492, e Cabral ao Brasil em 1500. Muitos comerciantes enriqueceram,
passaram a interferir na política, e investir nas artes como forma de encontrar
prestígio e ostentar o poder. Foram chamados de mecenas, e promoveram grande
desenvolvimento intelectual que fez renascer o esplêndido legado deixado pelos
gregos e romanos, daí o nome Renascimento, florescendo na Itália e
espalhando-se por toda Europa.
Entre as redescobertas está o humanismo,
movimento intelectual que coloca o homem como centro do universo, e passa-se do
teocentrismo ao antropocentrismo. Os intelectuais passam a questionar a
autoridade da igreja e dar mais importância ao ser humano e à razão. O
cristianismo não deixou de ser a religião dominante na Europa, mas os temas das
obras de arte passaram a ser a beleza física do corpo humano, o que foi possível
devido à curiosidade saciada nas seções clandestinas de dissecação de corpos. As
novas técnicas de pintura trouxeram mais realismo, e o artista pôde expressar
suas idéias e sentimentos. Criando com estilo pessoal, sem se submeter ao poder
da igreja, o artista era bem pago, seja qual fosse seu cliente.
Características da pintura Renascentista
Perspectiva - A ilusão de que o que está próximo de nossos olhos é maior do que o
que está longe. As linhas
paralelas parecem se encontrar na linha do horizonte.
Pintura a óleo - Com esta tinta é possível realizar trabalhos mais elaborados
e com matizes de cores
pois ela demora mais tempo para secar.
Novos suportes - Diferente da pintura mural, a mobilidade da tela
aumentou a troca de
experiências e a possibilidades de comercialização.
Inclusão de cenas de arquitetura – Em muitas pinturas do período podemos
encontrar
cenas com casas, prédios,
varandas, colunas, abóbadas, pisos, paredes, etc.
Naturalismo e Realismo – Foi resultado dos estudos de anatomia, o que
revelou
como funcionava o corpo
humano, em especial a musculatura, tendões e veias.
Sfumato - Técnica onde não há uma linha dividindo os
espaços na pintura. É
como se víssemos cenas esfumaçadas.
Chiaroscuro - Define as formas e a
profundidade pelo contraste
entre
a luz e a sombra, que altera as cores, figuras e fundos.
Composição piramidal
– disposição dos elementos de forma racional e estável.
Artistas
Renascentistas
Leonardo
Da Vinci (1452-1519)
Foi o talento mais versátil do Renascimento: Nas artes seus estudos de
perspectiva são considerados insuperáveis, e o sfumato foi sua invenção.
Michelangelo (1475-1564) Arquiteto, pintor, poeta
e principalmente escultor. Podemos perceber a forma escultural das figuras
humanas.
Sandro
Botticelli
(1444-1510) Retratava a Antiguidade Grega e o Cristianismo. Seus personagens
expressam suavidade e graça, copos leves e esguios parecem flutuar.
"O nascimento de Vênus" de Sandro Botticelli.
A pintura mostra a Vênus surgindo
nua de uma concha sobre as espumas do mar. Embora desnuda, a deusa não sugere erotismo algum, ao
contrário, passa-nos uma extrema pureza. Ela se encontra dentro de uma enorme
concha que é impelida para a praia. Vênus foi concebida quando o titã Crono
castrou o próprio pai, o deus Urano; os genitais cortados caíram no mar e o
fertilizaram.
Zéfiro, vento primaveril do oeste filho da Aurora, sopra na direção da deusa, acompanhado pela ninfa Clóris, que foi raptada pelo apaixonado Zéfiro. Ao se tornar sua
noiva, ela se transformou em deusa. Ambos exalam o hálito que leva Vênus para a terra firme.
À volta deles, chovem rosas, que, segundo lenda, surgiram no nascimento
da deusa. Cada rosa tem um coração dourado.
A ninfa da direita é Flora,
uma das três Horas, as deusas gregas das estações que acompanhavam Vênus, e lhe entrega um manto púrpura. Tanto
o seu traje suntuoso quanto a linda capa que ela estende para Vênus são
bordados com margaridas vermelhas e brancas, prímulas amarelas e centáureas
azuis. Traz no pescoço uma
guirlanda de murta, todas
flores primaveris.
As
árvores são parte de um laranjal em flor. As folhas verde-escuras e os troncos
são realçados com linhas douradas e cada uma das pequenas florescências brancas
também recebeu toques e contornos dourados.
A obra foi produzida em 1483 por
encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco, um político e banqueiro italiano que
queria enfeitar sua residência. Ao contrário das obras de Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio, a
anatomia de O Nascimento de Vênus não apresenta o realismo clássico. Nota-se
que o pescoço da deusa é mais longo e seu ombro esquerdo tem uma representação
anatômica incorreta, porém o fato foi considerado influência do Maneirismo. É
uma têmpera sobre tela que mede 172,5x278,5 cm.
A figura
delgada tem a mão direita cobrindo um dos seios, enquanto a esquerda cobre-lhe
a virilha, usando as pontas de seus longos cabelos ruivos, gesto comum às
pessoas pudentes. Foi uma pintura revolucionária para o seu tempo, por se
tratar da primeira obra de grande porte renascentista a tratar um tema laico e
mitológico, abrindo mão dos temas sacros.
http://clubedaarteescolar.blogspot.com.br/2012/05/beleza-e-amor-nascimento-de-venus.html
Veja aqui, no episódio da série Pinceladas de Arte,
incríveis detalhes desta obra!!
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Amei . Muito bom
ResponderExcluirGostei muito. Parabéns
ResponderExcluirVolte sempre que precisar!!!
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