Barroco na Europa

De 1600 a 1750 a técnica alcançada no Renascimento aliada à dramaticidade e emoção intensas deu origem ao estilo mais suntuoso e ornamentado da história que expandiu o papel da Arte para a vida cotidiana. Surge em meio a crises políticas e religiosas, e cada região desenvolveu suas características, mas linhas diagonais, movimento, sensibilidade e domínio da luz para obter impacto emocional eram comuns.

Depois do Maneirismo, a Arte na Europa foi se transformando e ganhou o nome de Barroco, que uniu as técnicas alcançadas no Renascimento com dramaticidade e emoção intensas. As obras dos artistas barrocos europeus valorizaram cores, sombras, luz e movimento. Apresenta detalhismo, drama e expressão que mexem com o emocional do espectador. Realismo, ousado claro-escuro intensificando a profundidade e conduzindo o olhar para a cena principal.

As imagens não são centralizadas como as do Renascimento, aliás, essa característica já podia ser observada no Maneirismo. Os temas principais são cenas do cotidiano de pessoas da burguesia ou da nobreza, naturezas mortas, mitologia, passagens bíblicas e a história da humanidade.

Barroco na Itália

Os papas queriam manifestar o triunfo da fé católica depois da Contrarreforma e patrocinaram obras para atrair novos fiéis.  

Caravaggio 1571-1610 Pintou santos como se pintasse gente comum, e milagres como acontecimentos do cotidiano. Com grande contraste entre luz e sombra, o chiaroscuro, ele usa a perspectiva para trazer o espectador para dentro da ação.

As esculturas barrocas mostram faces humanas marcadas pelas emoções, principalmente o sofrimento, e se contorcem gerando muitas curvas e relevos e há grande utilização da cor dourada. 

Muitos artistas barrocos dedicaram-se a decorar igrejas com esculturas e pinturas, utilizando a técnica da perspectiva, tudo para conseguir impacto emocional no espectador.

Barroco na Holanda

Por ser protestante, a arte religiosa era proibida, então os temas na Holanda foram naturezas mortas ou pessoas em tranquilas cenas domésticas quase hiper-realistas.

Frans Hals 1580-1666 Um dos grandes pintores do Barroco europeu, tirando o imobilismo e pondo suas fig uras em movimento. 

Rembrandt Harmens van Rijn 1606-1669  Os clientes queriam retratos e não críticas, ou análises de suas almas, mas ele retratava o que ele via e sentia. Teve algumas obras devolvidas por insatisfação. Só foi reconhecido a partir do século XIX.

Johannes Vermeer 1632-1675 Capturava um instante da vida das pessoas como se fosse uma fotografia, chegando a um verdadeiro realismo.

Barroco na Espanha

Diego Velázquez 1599-1660 A maior contribuição deste país para a Arte Barroca. Extraordinariamente precoce, já na adolescência pintava quadros que demonstravam seu total domínio da técnica. Pintava cenas do cotidiano e encomendas da família real.

Barroco na França

No século XVII era o país mais poderoso da Europa tomando o lugar de Roma como centro da arte europeia durante a II Guerra Mundial. 

Nicolas Poussin 1594-1665  Os primeiros trabalhos tinham influência da sensualidade da pintura veneziana, mas em 1930, aderiu à formalidade com ênfase nas formas delineadas. Também pintou temas bíblicos, e temas da história clássica e  mitologia.

Claude Lorrain 1600-1682  Considerado o intérprete da luz solar, portos marítimos em que o sol doura embarcações, palácios, e paisagens ensolaradas com diversas variações da luz.

Arquitetura - A maior marca do Barroco francês é sem dúvida a arquitetura de Versalhes. O auge da opulência do Barroco é o esplendoroso Castelo de Versalhes, transformado de modesto pavilhão de caça no mais luxuoso palácio do mundo, o tributo à ambição de Luiz XIV (1638-1715).