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Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brazil
Professora de Artes na Rede Estadual - Escola Pe Constantino de Monte

Morre a árvore, nasce a arte

Morre a árvore, nasce a arte
Escultura de Elmar Medeiros em Maracaju

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Arte na Grécia



Ao contrário da arte egípcia, fundamentada na religião, a Arte Grega fundamentou-se na inteligência, pois seus reis não eram considerados deuses, mas seres inteligentes que se dedicavam ao bem-estar do povo, apesar de possuir uma mitologia muito rica repleta de histórias e lendas. 


As invenções gregas estão presentes nas civilizações até os dias de hoje.




 Sua Arte volta-se para a vida presente, e contemplando a natureza, o artista grego exprime as mais incríveis manifestações da Arte na história da humanidade até aquele momento. Na constante busca da perfeição, cria uma Arte intelectual em que predominam o equilíbrio e a harmonia ideal.




Na arquitetura, o maior interesse são os templos, que não tinham função de receber pessoas para o culto, mas de proteger as estátuas de suas divindades. 







Eram construídos sobre lugares altos, suas colunas, que podiam ser da ordem dórica, jônica ou coríntia, conforme a ornamentação de seus capitéis, sustentavam o telhado com frontões ricamente decorados com altos relevos.





Além dos templos, a arquitetura grega também produziu teatros a céu aberto como o Epidauro, construídos no século IV a.C., que chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita, não foi por acaso que essa civilização deu origem à Arte do Teatro. 






Elaboraram Ginásios, edifícios destinados à cultura física, daí também a Grécia ser o berço das olimpíadas.




 Construíram praças publicas como a Ágora, onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles a política, visto que ali nasceram a filosofia e a democracia.






A pintura grega foi feita em cerâmicas. Esses vasos gregos tinham harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. 






Além de servir para rituais religiosos, eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos, e sua forma dependia da sua função. 



 As figuras pintadas eram estilizadas e se utilizava as cores brancas, negras ou ocres vermelhos e marrons.
 


Suas pinturas representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega, e o maior pintor de vasos foi Exéquias.





A escultura grega foi insuperável e demonstrou a preocupação grega com a busca do ideal de beleza. Para encontrar a forma perfeita, utilizavam vários modelos, um para cada parte da escultura. 




A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem, e adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. Na escultura podemos perceber claramente os três períodos dessa civilização:
No Período Arcaico (700 a.C. a 490 a.C.) os gregos começaram a esculpir em mármores, grandes figuras masculinas. 



 Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. 


 Esse tipo de estátua é chamada Kouros, homem jovem em grego. As estátuas femininas deste período eram representadas vestidas e se chamavam Korai.



No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, é o contraponto, posições assimétricas que exigiam um apoio para que as estátuas pudessem ficar em pé. 



Para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo representar o movimento sem se quebrar. Neste período surge o nú feminino.




Já no Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento, o que se observa nas expressões faciais e corporais. 



O grande desafio e conquista desse período foram a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras interagindo que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados.






Os padrões decorativos da cerâmica grega
Temos aqui um esquema das formas mais utilizadas de vasos gregos.
Sua decoração seguia regras, havia o espaço correto para a imagem e padrões. Curiosamente a civilização que buscava o ideal de beleza de formas humanas na estatuária, estilizava nas formas humanas pintadas. A variedade de padrões que emolduravam as cenas era grande, porém todos elaborados e de grande beleza.




As Cariátides

O famoso Pórtico das Virgens (Korai) ou Pórtico das Cariátides domina o lado sul do edifício Erecteion, originado do nome do rei mítico de Atenas.




São seis estátuas de mulheres jovens, de pé 1,77 metro de altura, que apoiam o telhado da varanda, que era a parte do túmulo de Kekrops acima do solo. Hoje, ali estão réplicas, as estátuas originais das Cariátides estão exibidas no Museu da Acrópole.