Quem sou eu

Minha foto
Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brazil
Professora de Artes na Rede Estadual - Escola Pe Constantino de Monte

Morre a árvore, nasce a arte

Morre a árvore, nasce a arte
Escultura de Elmar Medeiros em Maracaju

domingo, 4 de novembro de 2012

Henri Matisse

"Você fala a língua das cores" 
Renoir

"A cor não nos foi dada para imitar a natureza..."
 Matisse

"É um erro imitar o que se quer criar" 
Georges Braque

"Você nasceu para simplificar a pintura" 
Gustave Moureau - Professor de Matisse


Pinturas - Quadros agradáveis

 

Henri Matisse viveu em tempos difíceis, greves incontáveis, revoltas, assassinatos, e duas guerras mundiais explodiram à sua volta, porém seus quadros ignoravam todas essas controvérsias políticas e sociais. Formado em direito para agradar o pai, iniciou-se na pintura tardiamente, quando se recuperava de uma cirurgia sua mãe lhe deu uma caixa de tintas e um livro de instruções, então o mundo perdeu um advogado e ganhou um artista...
Ganhou notoriedade como líder do Fauvismo em 1905. Não era religioso, sua visão da vida após a morte era de um estúdio celestial, "onde eu pintaria afrescos", entretanto, tinha um sentimento religioso diante da vida.
Fonte: Carol Strickland






A dança


Duas meninas em amarelo e vermelho, 1947


Interior vermelho, 1947


Interior com beringelas


Interior em amarelo e azul


A lição de música


Abajour em fundo preto


Meu quarto em Beau Rivage


Música


Matureza morta com magnólia


Natureza morta com peixes vermelhos


Natureza morte com magnólia, 1941



O sono


Os peixes dourados


Nú rosa


Retrato de Madame Matisse


Interior em azul


A menina com olhos verdes


A alegria da vida, 1905


Mulher em um casaco roxo, 1937



Michaela, 1943


Dançarina em azul




Recortes - formas filtradas até sua essência

Em seus últimos anos. Matisse ficou preso ao leito. Apesar de tomado pela artrite, recortava formas imaginárias em papel colorido para compor colagens. As formas coloridas cobriam as paredes e o teto de seu quarto: “Agora que quase não me levanto, fiz um pequeno jardim para passear”. As cores eram tão vívidas que seu médico o aconselhou a usar óculos escuros para trabalhar...   
Sua busca de uma vida inteira foi a simplificação da forma, reduzindo-a a um signo irredutível, foi o clímax de sua arte.

Sobre o Painel Piscina de Henri Matisse.


Este mural de recortes com 54 metros foi feito por Henri Matisse quando já estava restrito à cama e à cadeira de rodas, para decorar sua sala de jantar no Hotel Regina em Nice. Ele, que sempre adorou o mar, impossibilitado, trouxe-o para junto de si. Dissolvendo as formas de banhistas, plantas e animais aquáticos em azul, num fundo creme e marrom, manifestou seu desejo, de toda uma carreira artística, de criar um ambiente idealizado.

“Trabalhei anos para que as pessoas dissessem: ‘Parece tão fácil fazer!’.”
 Henri Matisse



Fonte: Carol Strickland



Painel A Piscina I

Painel A Piscina II

Painel a Piscina III

Painel A Piscina IV
A tristeza do rei

Apollo


Véspera de Natal

Dançarino, 1954


Jenela azul



Funeral do Pierrot

O funeral do Pierrot


Os bichos do mar



O cavalo, a amazona e o palhaço

O circo

O céu da Oceania

Palhaço

Polynésia

Ramo de folhas


Flores de neve

O cavalo do palhaço



Tobogã



sábado, 20 de outubro de 2012

Lídia Baís - O que era pra ser e não foi...






As mulheres artistas de Mato Grosso do Sul têm em comum a mesma luta que as predecessoras no Brasil e no mundo, lutaram para seguir sua vocação artística, e quando conseguiram tomar a arte como profissão, encontraram a mesma dificuldade que os homens: o distanciamento dos grandes centros onde acontecem a formação, exposições, e toda a efervescência das novas vanguardas; assim como a falta de reconhecimento do trabalho artístico como uma das necessidades do ser humano. Lídia Baís enfrentou esses obstáculos dentro de sua realidade temporal.
Esta é sem dúvida a personalidade que mais desperta a curiosidade dos estudiosos da arte no estado do Mato Grosso do Sul. Lídia Baís construiu para si uma fortaleza de mistérios e proibições que ela mesma denominava de claustro, e sua obra só veio a ser conhecida e disponibilizada ao público depois de sua morte em 1985.
Caçula de numerosa e abastada família campo-grandense, foi desde muito cedo estudar em internatos e colégios religiosos, onde foi ensinada a ser passiva e submissa, mas não se conformou, e desejou ser livre pra seguir seu caminho. Freqüentou grandes escolas no Rio de Janeiro, como o ateliê dos irmãos Rodolfo e Henrique Bernardelli, e teve aulas com renomados artistas como, por exemplo, Osvaldo Teixeira, na Escola Nacional de Belas Artes, que contribuíram muito para a construção de suas obras.
Fez longa viagem pela Europa com familiares e freqüentou museus na Alemanha e na França, conheceu personalidades brasileiras que por lá estavam e viveu intensamente o meio artístico e social, mas ao retornar ao Brasil, foi obrigada pela família a permanecer em Campo Grande. Contra a vontade da família voltou ao Rio de Janeiro para retomar os estudos em arte e promoveu uma exposição em dezembro de 1929, mas com dificuldades financeiras, estabelece-se definitivamente em Campo Grande.
Na casa paterna ainda realiza pinturas murais, e para livrar-se de uma interdição imposta por seus irmãos, casa-se no civil, mas não permanece junto do marido e anula a união dois anos mais tarde. Seu pai vem a falecer logo após seu casamento, e ela recebe sua herança, e ao contrário do que todos esperavam, não vai para São Paulo, fica com sua mãe, e inicia um ambicioso projeto, o Museu Baís (RIGOTTI, 2009).
O que era pra ser um local de exposições jamais foi aberto ao público e Lídia Baís fechou-se também. Com o passar dos anos a excentricidade e o mistério em torno de sua personalidade foi crescendo, e segundo a escritora Raquel Naveira “era tida como ‘meio louca’ era uma personagem intrigante: uma artista de alma amarrada e flagelada, talento que desabrochou e foi abafado na marginalidade”. Segundo Paulo Sérgio Nolasco dos Santos,

Assim confinada, agiu como se respondesse às inúmeras dificuldades das condições sócio culturais do início do século, no lugar e tempo em que lhe coube viver. [...] pode-se ler em sua trajetória os traços do artista que não só se isolou do meio artístico, como também reconhecer o fato doloroso de que ser uma mulher, com vocação artística, nascida no início do século em 1901 [...] fez com que sofresse intensamente as circunstâncias da opressão patriarcal e social, caracterizadora dos costumes provincianos. (NOLASCO dos SANTOS in RIGOTTI, 2009, p.12)

Sua experiência adquirida com os irmãos Bernardelli, Oswaldo Teixeira e Ismael Nery, iniciador do Expressionismo Cubista e precursor do Surrealismo no Brasil, e que tanto influenciaram seu trabalho, foi desperdiçado, e exilou-se frente da incompreensão de sua genialidade (RIGOTTI, 2009).

Parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Artes Visuais apresentado por Gizely Virginia Mendes Zaatreh ao Centro Universitário da Grande  Dourados - UNIGRAN em Novembro de 2010. 

Veja e leia mais à respeito de Lídia Baís seguindo o Link:

Overmundo Lídia Baís: Santa ou Pagã - Clique para ler

Lídia Baís no Itaú CulturalClique para ler



Veja algumas obras de Lídia Baís

 

Lídia Baís - Auto retrato com pincéis







Lídia Baís - Retrato do irmão

Lídia Baís - Auto retrato

Lídia Baís - Auto retrato Sagrado Coração
Lídia Baís - Menino com Livros
Lídia Baís - Retrato de seu pai Bernardo Baís
Lídia Baís - Nossa Senhora com anjinhos
Lídia Baís - Retratos da Família Baís


Lídia Baís - Alegoria profética


Lídia Baís - Lídia como Nossa Senhora 1937

Lídia Baís - Micróbio da Fuzarca





Lídia Baís - Exposição permanente no MARCO

Lídia Baís - Nú


Lídia Baís - Pintura Mural

Lídia Baís - Alegoria
Lídia Baís - Última ceia de N. Sr. Jesus Cristo

Foto de Família - Baís foi o primeiro italiano que chegou à Campo Grande

Foto da Família Baís

Fotos da Família Baís na escada da Morada dos Baís

Objetos de Lídia Baís

Quarto de Lídia Baís

Materiais de pintura e telas de Lídia Baís




Foi o primeiro sobrado de alvenaria de Campo Grande, sua construção teve início em 1912 e foi finalizada no ano seguinte. Seu proprietário foi o Sr. Bernardo Franco Baís, pioneiro no comércio da região. Depois da morte de seu proprietário em 1938, a família alugou o sobrado para o Sr. Normando Pimentel, que o transformou em Pensão Pimentel, onde se hospedaram inúmeras famílias tradicionais do interior do Estado e ilustres personalidades da época no país, o trem do pantanal passava ao lado. Em 1979, foi desativada, ficando por muitos anos abandonada. Em 1990, a Prefeitura Municipal iniciou a sua restauração, reinaugurando-a em 1995 como Centro Cultural de Lídia Baís
Morada dos Baís - Foi o primeiro sobrado de alvenaria de Campo Grande, sua construção teve início em 1912 e foi finalizada no ano seguinte. Seu proprietário foi o Sr. Bernardo Franco Baís, pioneiro no comércio da região. Depois da morte de seu proprietário em 1938, a família alugou o sobrado para o Sr. Normando Pimentel, que o transformou em Pensão Pimentel, onde se hospedaram inúmeras famílias tradicionais do interior do Estado e ilustres personalidades da época no país, o trem do pantanal passava ao lado. Em 1979, foi desativada, ficando por muitos anos abandonada. Em 1990, a Prefeitura Municipal iniciou a sua restauração, reinaugurando-a em 1995 como Centro Cultural de Lídia Baís

Morada dos Baís antes da reforma e tombamento pelo IPHAN