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Maracaju, Mato Grosso do Sul, Brazil
Professora de Artes na Rede Estadual - Escola Pe Constantino de Monte

Morre a árvore, nasce a arte

Morre a árvore, nasce a arte
Escultura de Elmar Medeiros em Maracaju

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Pós-Impressionismo







Os movimentos Impressionista e Pós-Impressionista são percebidos como rupturas na história da Arte ocidental. Com o advento da fotografia, pintar deixa definitivamente de ser a representação da realidade de forma naturalista e os artistas buscam discussões acerca da própria arte. Luz, cor e movimento são temas recorrentes em suas obras.

Pós-Impressionismo foi a expressão usada para a pintura no final do Impressionismo, por volta de 1885. Foi um grupo de artistas de movimentos diversos que encontraram novos caminhos para a pintura. Para eles o Impressionismo era superficial e retratava apenas cenas passageiras, sem dar muita importância nem aos sentimentos, nem aos acontecimentos políticos e sociais.

Georges Seurat - foi o Mestre no Pontilhismo. Juntava pinceladas ainda menores que de seus colegas e as inúmeras manchas de cores puras que cobrem a tela e são recompostas pelo olhar do observador formando novos tons.

Vincent Van Gogh - Sua vida foi feita de fracassos. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou manter contatos sociais. Foi mantido pelo irmão Théo Van Gogh. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio. Sua Pintura é inconfundível pelas pinceladas longas e grossas.

Paul Gauguin – Largou emprego esposa e filhos para se dedicar à pintura. Só encontrou sucesso quando pintou motivos da ilha do Thaiti. Desenvolveu o "sintetismo", formas simplificadas e grandes campos de cores vivas chapadas, que ele fechava com uma linha negra.

Henri de Toulouse-Lautrec - conhecido por pintar a vida boêmia de Paris do final do século XIX. Frequentando a vida noturna, faleceu precocemente aos 36 anos de sífilis e alcoolismo. Revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau.

Paul Cézanne - Pintava paisagens e naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos. As suas paisagens são sutilmente geométricas, seu estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone.

Arte Medieval

Mil anos de História e Arte

que povoam nosso imaginário

até hoje


Arte na Idade Média 



Vamos tratar da Arte que se desenvolveu no grande Império Romano, que por seu tamanho, foi dividido entre Ocidente com sua Arte Românica e Gótica e tendo como sede a cidade de Roma. O Oriente com a Arte Bizantina, com sede na cidade do Bizâncio, que foi renomeada de Constantinopla. A Idade Média inicia-se em 476 a.C. Século V com a queda do Império Romano do Ocidente, que aconteceu devido às invasões dos bárbaros, e termina com a queda do Império Romano do Oriente em 1453 Século XV, com a tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos.

A divisão do Império Romano, assim como sua conversão ao cristianismo, foram  estratégias políticas de manutenção do poder, diante das constantes invasões dos bárbaros e de os cristãos se tornarem cada vez mais numerosos. O Imperador Constantino iniciou esse processo de "conversão" em 313 d.C., e Teodósio I o concretizou e oficializou em 380 d.C,. Este período não tem a mesma grandiosidade cultural da antiguidade clássica, então foi erroneamente chamada de Idade das Trevas pelos estudiosos do século XVI, mas neste tempo aconteceram as mudanças necessárias na sociedade para o desenvolvimento de uma nova Arte; a medieval.

Com a descentralização do poder, a população migrou para o campo que foi dividido, a agricultura tornou-se a base da economia e o feudalismo o sistema social e político. A igreja católica tornou-se poderosa devido à conversão de Roma e dos bárbaros ao cristianismo. Estando agora a Igreja católica bem estruturada, o Papa tornou-se a autoridade máxima e a Arte e a cultura foram colocadas a serviço da igreja.


Toda a Arte da Idade Média privilegiou os temas religiosos, pois, numa época em que havia pouquíssimos letrados, a igreja recorria à Arte para transmitir seus ensinamentos religiosos. As construções foram feitas por quem tinha recursos para financiá-las: Coroa e Igreja.

Carlos Magno foi imperador do Ocidente a partir do ano 800, e durante seu reinado a Europa teve grande desenvolvimento cultural, que ficou conhecido como “Renascimento Carolíngio”. Nas oficinas de arte de sua corte os artistas redescobriam a cultura e a arte greco-romana que os levou a criar um novo estilo, o Românico. 

Arte Românica – Ocidente

Arquitetura – As construções Românicas são em sua grande maioria igrejas e mosteiros e se caracterizam pelo uso do arco pleno, abóbadas de aresta e de berço, grande uso de linhas horizontais, paredes grossas e sólidas com poucas janelas muito pequenas, criando ambientes escuros e sombrios.

Escultura – Está ligada às paredes, onde são esculpidos relevos e estátuas-colunas que também as ornamentam. Essas colunas aparecem também nas fachadas das construções românicas. Seus relevos mostram cenas do Antigo e Novo Testamento, o juízo final, figuras de animais fantasiosos e demônios, que representam as tormentas a que os pecadores seriam submetidos após a morte. As gárgulas eram esculturas que ficavam sobre os telhados, e além da função catequética, serviam como acabamentos de calhas, onde escoava a água da chuva.

Pintura – Parte dela é desenvolvida sob forma de murais, pois as construções apresentavam paredes com poucas e pequenas janelas que possibilitavam grandes superfícies. Geralmente utilizava-se a técnica do afresco, ou seja, pintura feita sobre uma parede com o reboco ainda fresco. As cenas aconteciam sempre num mesmo plano, sem profundidade.
Uma das principais características da pintura Românica é a deformação. O artista interpretava de modo místico a realidade e retratava seus sentimentos religiosos nas figuras de forma desproporcional. As cores eram vivas e planas e os perfis bem marcados.
A outra parte da pintura é representada pelas Iluminuras que aparecem nos livros  escritos à mão pelos padres nos mosteiros. Podiam ser de três formas: Ilustrações de textos, letras iniciais do texto, ou molduras compostas de folhagens e flores colocadas nas margens das páginas. Com cores vivas, muito detalhadas e decoradas com filetes de ouro e prata, que refletiam a luz, originando assim seu nome: Iluminuras.



Arte Gótica - Ocidente

A Arte Românica predominou até o início do século XII, quando surgiram as primeiras mudanças que mais tarde resultariam numa revolução na arquitetura. De modo depreciativo, essa nova arquitetura foi chamada de Gótica pelos estudiosos do Renascimento. Com o passar do tempo esse nome ficou relacionado à arquitetura de arcos ogivais. Esse estilo foi um aprofundamento do estio Românico, principalmente na verticalidade. O clima religioso favoreceu a construção de edifícios bem mais altos que refletiam o desejo de ascensão espiritual. O gótico se originou na França e se espalhou por várias regiões.

Arquitetura - A igreja gótica apresenta três portais, e no do centro há uma rosácea, vitral circular. O arco ogival, que apresenta uma elevação na sua parte superior, possibilitou construções mais altas, e abóbadas de nervura, no lugar das de berço e de aresta da arquitetura Românica. As abóbadas se apoiavam em colunas, e as paredes se tornaram mais finas, assim, grandes vitrais coloridos iluminaram o interior das igrejas com feixes de luz colorida.

Escultura – A escultura Gótica também estava ligada à arquitetura, as figuras eram feitas nas paredes, porém, isoladas umas das outras, realistas, alongadas, e sempre no tema religioso.

Pintura - Teve seu nascimento tardio. Deu-se no século XIII e foram até o século XV. Procurava dar algum movimento às figuras através da postura dos personagens e das paisagens de fundo. São detalhadas e o artista tentava reproduzir os seres exatamente como os via, mas não conheciam com exatidão o corpo humano. Alguns artistas desse período são Ambrogiotto Bondone, conhecido como Giotto e Jan Van Eychk.



Arte Bizantina – Oriente


O Império Romano enfrentava problemas para conter a nova religião que se expandia, quanto mais perseguidos, mais numerosos eram os cristãos; e por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou o Imperador Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla. O Império Romano logo reconheceu o cristianismo como religião oficial e a Arte Cristã Primitiva evoluiu então para a Arte Românica e Gótica no Ocidente e Bizantina no Oriente.
A Arte Bizantina está intimamente relacionada com a religião e o poder, obedecendo a um clero fortalecido que além das funções religiosas, comandava a Arte, reduzindo artistas ao papel de meros executores. Seguiam leis rígidas como no Egito antigo: colocação dos personagens conforme a sua posição social, posição para mãos e pés e até o jeito certo de representar as roupas. O regime político era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais sendo considerado divino, tanto que o representavam com uma auréola sobre a cabeça. As imagens sacras acabavam tendo as características imperiais, sendo Jesus representado num trono e Maria como se fosse uma rainha.

Pintura – Muito pouco foi produzido, pois o mundo bizantino sofreu a questão iconoclasta, uma controvérsia sobre o uso de pinturas ou entalhes: toda representação humana realista era considerada uma violação ao mandamento de não adorar imagens, por lembrar o paganismo romano. Porém antes disso houve três tipos de pinturas: as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros; os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos; e os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de Cristo ou de santos;

Escultura - A aversão pela representação de imagens faz diminuir o gosto pela forma esculpida e conseqüentemente o destaque da escultura durante este período. Os poucos exemplos que se encontram são baixos-relevos na decoração de monumentos.

Arquitetura - Teve grande destaque usando o arco, a abóbada e a cúpula, o desenho de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais. A Catedral de Santa Sofia é um dos exemplos mais esplendorosos do período.

Mosaico - Foi a principal característica da Arte Bizantina. É um embutido de pequenas peças de pedra ou outros materiais (vidro, mármore, cerâmica ou conchas), formando determinado desenho. Nos mosaicos bizantinos a perspectiva e o volume são ignorados, e o dourado é largamente utilizado, devido à abundância dos bens materiais, entre eles, o ouro.