Como
a escrita ainda não havia sido inventada, não há documentos ou relatos
escritos, tudo o que sabemos é resultado de pesquisas de arqueólogos, antropólogos
e historiadores.
Eles reconstituíram a cultura humana pré-histórica com base nas
esculturas e objetos encontrados, e nas pinturas e gravações no interior de
cavernas na África, Europa e Américas.
Paleolítico
Os primeiros desenhos eram muito simples, eram traços nas cavernas, ou
desenhos de mãos em negativo, em Altamira na Espanha ou Lascaux na França.
Faziam
um pó colorido pela trituração de rochas, e sopravam o pó sobre a mão encostada
na parede, ou colocavam o pó na boca, misturando-o à saliva, e cuspiam na
parede.
Só
mais tarde é que começaram a pintar animais. A principal característica é o naturalismo, a é representação dos
seres do modo mais natural possível.
E porque eram feitas essas pinturas
chamadas rupestres, muitas vezes em local de difícil acesso?
A resposta mais
frequente é que seriam obras de caçadores, como parte de um ritual de magia,
talvez acreditando, que “aprisionando” a imagem dos animais, teriam poder sobre
eles e conseguiriam capturá-lo na realidade.
Para
fazer suas tintas usavam óxidos minerais, ossos carbonizados, carvão, vegetais,
sangue, ovos, fezes e gorduras de animais.
As formas eram representadas
exagerando as características mais interessantes, como por exemplo, a força
física dos animais representados.
Neolítico
O homem deixou de ser nômade e surgiram a agricultura e a
domesticação de animais.
Polia suas ferramentas de pedra tornando-as mais
afiadas, produzia o fogo por meio do atrito, e com o passar do tempo pôde
derreter e trabalhar metais.
Com a fixação na terra, houve aumento
populacional, surgiram núcleos familiares e divisão do trabalho.
O poder de observação e os aguçados sentidos
do caçador/coletor do Paleolítico deram lugar à atividade mental e reflexiva do
camponês do Neolítico.
Na pintura, o estilo naturalista foi substituído pelo estilismo, traços simples e sinais que apenas sugerem figuras.
Os temas também mudaram, agora o ser humano é representado em suas atividades cotidianas e coletivas, note como há intenção de transmitir a ideia de movimento pela posição dos braços e das pernas.
O movimento na figuras levou à criação de figuras leves, ágeis, pequenas, que com o tempo se tornaram ainda mais simples, até dar origem à primeira forma de escrita: a pictográfica, onde a ideia é representada por desenhos.
Escultura
Tanto no Neolítico como no Paleolítico o homem produziu esculturas em madeira, pedras, ossos, chifre e marfim.
Esculpiam também representações de animais, guerreiros ou divindades meio homem/meio animal.
Esculpiam também figuras femininas ressaltando características de fertilidade, em detrimento de outras partes do corpo, e que por ser um símbolo da fecundidade.
Essas esculturas acabaram sendo chamadas de Vênus pelos historiadores, por ser uma clara exaltação às características que acreditavam significar fertilidade.
Na Idade dos Metais o homem derretia minérios e produzia utensílios, armas e esculturas em formas de barro ou com a técnica da cera perdida.
A Arte nesse período refletiu todas essas conquistas técnicas, mas do ponto de vista artístico desenvolveu-se a tecelagem, a cerâmica e as primeiras construções.
Arquitetura
Seus abrigos foram feitos de peles dos animais e fibras
vegetais, por esta razão não resistiram ao tempo. Somente no final do Neolítico e início da Idade dos Metais que surgem
as primeiras construções de pedra, mas com função de templos ou de câmaras
mortuárias.
Pelo peso e tamanho das pedras, acredita-se que tinham o conhecimento da alavanca para transportá-las.
Existem três tipos de formações:
Dólmens, corredor de acesso a uma tumba.
Menires, pedras gigantes cravadas verticalmente em fileira no solo.
Cromlech, que são Menires dispostos em círculo.
As esculturas
colossais da Ilha de Páscoa na Polinésia Oriental são um exemplo curioso destas
construções do passado remoto da humanidade.